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Hackers chineses que perseguiam uigures também atacaram tibetanos

25 set 2019 - 11h46
(atualizado às 12h49)
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Hackers chineses que usaram uma falha de segurança do iPhone anteriormente desconhecida para atacar a minoria étnica uigur também foram atrás dos tibetanos no exílio, de acordo com um relatório publicado na terça-feira.

13/05/2017
REUTERS/Kacper Pempel/Illustration
13/05/2017 REUTERS/Kacper Pempel/Illustration
Foto: Reuters

Foi o primeiro uso detectado de software malicioso contra tibetanos exilados que exigia apenas um clique em um dispositivo móvel para funcionar, disse o Citizen Lab, um grupo de pesquisa acadêmica do Canadá.

Citando as semelhanças técnicas destes ataques e dos descobertos pelas empresas de tecnologia dos EUA contra os uigures, o relatório sugere que as forças que provavelmente trabalham com o governo chinês podem estar melhorando seus esforços de vigilância contra as principais minorias de maneira mais ampla. Os tibetanos estão protestando contra o domínio chinês da região montanhosa da China.

Questionado sobre o relatório, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse que a China se opôs resolutamente e reprimiu qualquer forma de ataque pela internet, e que quaisquer acusações precisavam ser apoiadas por provas sólidas.

O Citizen Lab, com sede na Universidade de Toronto, afirmou ter trabalhado com a recém-criada equipe tibetana de emergência para computadores (TibCERT), uma coalizão de organizações tibetanas que trabalham com segurança digital, para investigar ataques cibernéticos que ocorreram entre novembro de 2018 e maio de 2019.

Nos ataques, pessoas que se apresentam como trabalhadores de direitos humanos ou jornalistas entraram em contato com figuras importantes não nomeadas de grupos tibetanos pelo serviço de mensagens do Facebook, de acordo com capturas de tela publicadas no relatório do Citizen Lab. A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente a autenticidade das capturas de tela ou detalhes do relatório.

Entre os grupos visados em novembro de 2018 estavam o escritório privado do líder espiritual tibetano, o Dalai Lama, o Parlamento tibetano e organizações de direitos humanos, segundo o relatório.

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