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Governo chinês lança campanha de fiscalização sobre dona da 99 após mortes

28 nov 2018 - 10h19
(atualizado às 10h58)
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Autoridades chinesas anunciaram nesta quarta-feira um campanha de fiscalização sobre a indústria de transporte por aplicativo, tendo como alvo a líder do setor, Didi Chuxing, que controla a 99 no Brasil. O governo impôs multas à empresa após mortes de duas passageiras em incidentes separados neste ano.

Logo da Didi Chuxing na sede da empresa em Pequim, na China
28/08/2018
REUTERS/Jason Lee
Logo da Didi Chuxing na sede da empresa em Pequim, na China 28/08/2018 REUTERS/Jason Lee
Foto: Reuters

A Didi tem violado múltiplas regras, representando um "grande risco de segurança", incluindo a não identificação de motoristas de alto risco, afirmou o Ministério dos Transportes da China em comunicado.

"As qualificações dos motoristas e verificações de antecedentes não estão colocadas. A gestão de pessoas e veículos da companhia está fora de controle", disse o ministério, afirmando que a Didi é responsável por 90 por cento do mercado de transporte por aplicativo da China.

A pasta afirmou que vai "fiscalizar severamente" as empresas de transporte por aplicativo que estejam utilizando motoristas ilegais e multou executivos da Didi e representantes legais da empresa. O valor das penalidades não foi revelado.

A Didi, que tem entre os investidores o grupo japonês SoftBank Group e a norte-americana Uber, foi alvo de críticas em redes sociais neste ano depois que duas mulheres foram atacadas e mortas em crimes separados envolvendo motoristas do serviço de carona, Didi Hitch.

Em um dos incidentes, o motorista que já tinha se envolvido em um caso anterior de assédio, conseguiu contornar controles de segurança no aplicativo da Didi ao utilizar a conta de um parente para prestar o serviço.

Com 30 milhões de corridas realizadas por dia, a Didi é a segunda maior empresa de transporte por aplicativo do mundo, atrás da Uber.

O ministério afirmou que há no setor um grande número de veículos ilegais e que vai cobrar de autoridades locais fiscalizarem os motoristas sem qualificação.

"Como uma companhia jovem, a Didi ainda precisa trabalhar em muitos obstáculos e imperfeições que criaram grande preocupação no público", disse o presidente-executivo da companhia chinesa, Cheng Wei, em comunicado.

"Mesmo se a indústria não conseguir eliminar completamente o comportamento criminoso ou acidentes, vamos fazer nosso melhor para proteger usuários e motoristas."

Para ajudar a recuperar a confiança do público, a Didi afirmou que vai expandir a equipe de atendimento aos clientes de 5.000 para 8.000 pessoas.

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