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Google vai descontinuar rede social Google+ após falha em sistema

Engenheiros da empresa identificaram que dados pessoais de 500 mil usuários ficaram expostos por mais de dois anos; Google disse que rede social tinha baixo engajamento

8 out 2018 - 19h32
(atualizado às 20h26)
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O Google vai descontinuar a sua rede social Google+. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira, 8, horas depois de a empresa ter revelado que dados pessoais de 500 mil usuários da rede social estiveram vulneráveis aos desenvolvedores externos, devido a uma falha no sistema.

A empresa informou em um post em seu blog oficial que descobriu e consertou a vulnerabilidade em seu sistema em março desse ano. Engenheiros identificaram que, por dois anos, desenvolvedores externos poderiam coletar dados como nome, idade, gênero e profissão dos usuários do Google+.

Depois do anúncio da vulnerabilidade, as ações da Alphabet, controladora do Google, fecharam em queda de 1%. O mercado entendeu que este poderia ser mais um episódio da recente série de questões de privacidade que está atingindo grandes empresas de tecnologia nos Estados Unidos.

Em nota, o Google disse que a rede social tem um índice de uso e engajamento baixo e que em 90% dos acessos, o tempo médio de navegação é de cinco segundos.

A empresa disse ainda que vai fechar o Google+ apenas para usuários domésticos, mas que manterá uma versão da rede social para empresas, mas que essa plataforma terá novas funções de segurança.

Posicionamento. O Wall Street Journal publicou que o Google optou por não divulgar anteriormente o problema porque temia pressão regulatória. Em nota, a empresa disse que analisou a questão, o tipo de dados envolvidos e se houve ou não algum dano aos usuários.

"Não encontramos nenhuma evidência de que qualquer desenvolvedor tenha conhecimento desse erro ou de que qualquer dado dos usuários tenha sido usado incorretamente."

De acordo com o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Européia (GDPR), se dados pessoais forem violados, uma empresa precisa informar uma autoridade supervisora ??dentro de 72 horas, a menos que a violação não resulte em risco aos direitos e liberdade dos usuários.

"O risco de o Google esconder intencionalmente informações sobre uma grande violação dos usuários é maior do que o de evitar o escrutínio dos legisladores", disse Geoffrey Parker, professor de engenharia da Ivy League College em Dartmouth.

Estadão
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