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Google recebe pedidos de retirada de conteúdo após decisão de corte europeia

14 mai 2014 - 17h47
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O Google já está recebendo pedidos para remover informações pessoais ofensivas de seu sistema de busca depois que a mais alta corte europeia garantiu "o direito de ser esquecido", disse nesta quarta-feira uma fonte próxima ao tema.

A maior empresa de buscas online do mundo ainda precisa descobrir como lidar com um esperado aumento dos pedidos após a decisão de terça-feira, disse a fonte, que não está autorizada a falar publicamente sobre a questão.

A decisão da Corte de Justiça da União Europeia, que afeta os países do bloco, pede que os serviços de busca na Internet removam informações que sejam "inadequadas, irrelevantes ou não mais relevantes". Caso não o façam, podem ter de pagar multas.

O Google terá de construir um "exército de especialistas em remoção" de conteúdo em cada um dos 28 países da União Europeia, incluindo aqueles em que o Google não tem operações, disse a fonte. Se esses especialistas irão apenas remover links controversos ou se vão efetivamente julgar o mérito de pedidos de retirada estão entre as muitas perguntas que o Google ainda não conseguiu responder, disse a fonte.

Os europeus podem submeter pedidos de remoção de conteúdo diretamente às companhias de Internet em vez de recorrer a autoridades locais ou publicações.

O Google é o principal mecanismo de busca online na Europa, dominando cerca de 93 por cento desse mercado, de acordo com a empresa de estatísticas global StatCounter. O Bing, da Microsoft, tem 2,4 por cento, e o Yahoo, 1,7 por cento.

A empresa disse estar decepcionada com a decisão, que segundo a companhia difere dramaticamente da opinião de um conselheiro da mesma corte que concluiu no ano passado que deletar informação de resultados de pesquisa poderia interferir na liberdade de expressão.

O Yahoo está "analisando cuidadosamente" a decisão para estabelecer o impacto para seus negócios e seus usuários, disse um porta-voz da empresa em comunicado. "Desde nossa fundação quase 20 anos atrás, apoiamos uma Internet aberta e livre, não uma Internet ofuscada pela censura."

A Microsoft não quis comentar a decisão.

(Por Alexei Oreskovic)

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