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Google anuncia restrições para anúncios políticos a partir de 2020

Gigante de buscas segue tendência do Twitter para limitar poder da tecnologia de influenciar eleições e referendos

22 nov 2019 - 05h11
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O Google anunciou nesta quarta-feira, 21, que vai começar a restringir a maneira como anúncios políticos podem ser direcionados a usuários de suas várias plataformas. Em um post feito no blog da empresa, o vice-presidente de gerenciamento de produto do Google, Scott Spencer, disse que os anunciantes não poderão mais especificar atributos como afiliação política ou histórico de votação pública para determinar o alcance de uma determinada publicação ou propaganda.

Ainda será possível, no entanto, direcionar anúncios por meio de idade, gênero ou código postal, embora não será permitido filtrar os usuários por localização específica. Segundo o Google, as mudanças começam a ser implementadas no Reino Unido para a próxima eleição no final deste ano e chegarão a nível global em 6 de janeiro de 2020.

"Temos orgulho de que as pessoas usam o Google para achar informações relevantes e de que candidatos nos utilizem para levantar doações", disse Spencer. "Mas dado o contexto sobre a propaganda política, queremos melhorar a confiança dos eleitores nos anúncios políticos que exibimos."

A movimentação da gigante de buscas segue uma tendência de algumas empresas no Vale do Silício - no final de outubro, o Twitter anunciou que banirá todos os anúncios políticos de sua plataforma, mantendo apenas propagandas relacionadas a algumas causas políticas. O esforço do Google ainda está aquém do que a rede social anunciou, mas terá impacto maior: nos EUA, desde junho de 2018, o Google rodou mais de US$ 127 milhões em anúncios políticos.

Estadão
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