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Funcionários do Google fazem petição para acabar com venda de tecnologias para polícia

23 jun 2020 - 09h45
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Mais de 1.600 funcionários da Alphabet estão fazendo uma petição para que o Google pare de vender emails e outros serviços aos departamentos de polícia, disse uma fonte familiarizada com o assunto na segunda-feira.

19/07/2018
REUTERS/Arnd Wiegmann
19/07/2018 REUTERS/Arnd Wiegmann
Foto: Reuters

Os funcionários que assinaram uma petição vista pela Reuters expressaram decepção pelo fato de o Google não se juntar aos milhões que querem acabar com o financiamento dos departamentos de polícia. Ativistas de direitos civis nos Estados Unidos há anos pedem a redução do policiamento tradicional, e os esforços ganharam força através de protestos contra a morte de George Floyd por um policial de Mineápolis no mês passado.

"Não devemos nos beneficiar do policiamento racista", afirmou a petição do Google, que citou as vendas do pacote G Suite da empresa, que inclui ferramentas para email, edição de documentos e armazenamento de arquivos, para o departamento de polícia de Clarkstown, Nova York.

Um porta-voz do Google disse à Reuters em resposta: "Temos termos de uso de longa data para plataformas de computação geralmente disponíveis, como Gmail, G Suite e Google Cloud Platform, e esses produtos permanecerão disponíveis para governos e autoridades locais, incluindo departamentos de polícia,".

A polícia de Clarkstown não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O Google enfrentou críticas internas no passado por vendas e parcerias envolvendo militares dos EUA, bem como governos estrangeiros vistos por ativistas de direitos humanos como autoritários.

Embora tenha desistido de alguns negócios, como reconhecimento facial, o Google respondeu a preocupações dizendo que continua comprometido em ajudar os governos com segurança cibernética e outros problemas.

"Estamos comprometidos com o trabalho que faz uma diferença significativa no combate ao racismo sistêmico, e nossos funcionários fizeram mais de 500 sugestões de produtos nas últimas semanas, que estamos analisando", acrescentou o porta-voz.

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