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Fujifilm processa Xerox em mais de US$1 bi após cancelamento de fusão

18 jun 2018 - 15h53
(atualizado às 15h56)
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A Fujifilm processou a Xerox nesta segunda-feira em mais de 1 bilhão de dólares, culpando a empresa de impressoras e copiadoras de sucumbir à pressão dos investidores Carl Icahn e Darwin Deason para o cancelamento da proposta de fusão.

REUTERS/Kim Kyung-Hoon/File Photo
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Foto: Reuters

Em uma queixa apresentada ao Tribunal Distrital dos EUA em Manhattan, a Fujifilm acusou a Xerox de quebra de contrato e envolvimento em "conduta intencional e notória" ao abandonar a fusão de 6,1 bilhões de dólares anunciada em janeiro.

A fusão foi cancelada em 13 de maio, quando a Xerox, em um acordo com Icahn e Deason, concordou em instalar vários novos diretores e substituir Jeff Jacobson como presidente-executivo pelo antigo diretor de tecnologia John Visentin.

"A Xerox esteve recentemente sujeita aos caprichos dos investidores ativistas Carl Icahn e Darwin Deason, que, apesar de serem minoritários em ações da Xerox, puxaram a diretoria da Xerox em mais direções do que podem ser contadas", disse a Fujifilm.

Os porta-vozes da Xerox não responderam de imediato aos pedidos de comentários. Icahn e Deason também não responderam imediatamente a pedidos semelhantes.

A Xerox vem explorando opções estratégicas, incluindo transações com outras empresas, mas o processo poderia forçá-la a resolver as queixas da Fujifilm mais cedo.

Uma fusão teria combinado a Xerox com a joint venture de 56 anos Fujifilm Xerox, na qual a Fujifilm e a Xerox detinham as respectivas participações de 75 e 25 por cento.

A Fujifilm teria, a partir de então, propriedade de 50,1 por cento das ações ordinárias da Xerox, e os acionistas da Xerox teriam recebido um dividendo especial de 2,5 bilhões de dólares.

Icahn, o bilionário, e Deason juntos detêm 15 por cento das ações da Xerox, e disseram que a fusão desvalorizou a empresa baseada em Norwalk, Connecticut.

Deason também acusou Jacobson de organizar a fusão para manter seu emprego.

A Fujifilm esperava que a fusão gerasse pelo menos 1,7 bilhão de dólares em economia de custos e 1 bilhão de dólares em novas receitas anuais. O processo também busca taxa de rescisão de 183 milhões de dólares.

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