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Falha no 4G dos EUA permite que hackers falsifiquem "Alertas Presidenciais"

De acordo com os pesquisadores, com um rádio simples, um software de código aberto e quase nenhum es...

29 jun 2019 - 19h11
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Um grupo de pesquisadores da Universidade do Colorado Boulder divulgou recentemente um artigo detalhando como os chamados "Alertas Presidenciais" do governo norte-americano poderiam ser falsificados devido a brechas de segurança na rede 4G do país.

De acordo com a publicação, usando um rádio simples e acessível, com a ajuda de alguns softwares de código aberto, seria possível criar um alerta, personalizar a mensagem e enviar para os celulares dos norte-americanos tal como acontece em emergência nacional.

Foto: TecMundo

(Fonte: Pixabay)

Falha no alerta

Os EUA realizaram no ano passado seu primeiro teste público para o Alerta Nacional de Emergência Sem Fio (WEA), desenvolvido com o objetivo de enviar mensagem para TVs, smartphones e diversos outros tipos de sistemas.

O teste realizado pelo governo envolveu especificamente o Alerta Presidencial, uma nova categoria do sistema de alertas que, assim como o alerta AMBER, não pode ser excluída. O problema é que foi exatamente nesses alertas que foram encontradas uma série de vulnerabilidades de segurança ligadas às torres do 4G.

Como apontamos no início, com um rádio de prateleira, um software de código aberto e um pouco de exploração operacional, foi possível enviar um alerta de teste simulado dentro de um estádio de futebol com 50 mil lugares, quase que sem esforço.

Pânico em massa

O problema disso tudo é o alto risco de se provocar pânico em massa. Se um alerta falso fosse enviado para determinada região ou grupo de pessoas, minutos depois toda uma grande metrópole já estaria à beira do caos. E com a velocidade da internet e o rápido acesso as notícias, em poucas horas todo o país poderia ser afetado.

Agora, como se trata de um alerta presidencial e algo que envolve toda uma nação, já podemos imaginar o transtorno que isso geraria e, assim como em filmes, até uma crise de nível internacional.

De acordo com os pesquisadores, a exploração das falhas foi funcional em 9 de cada 10 vezes testadas. Por fim, vale ressaltar que não foi realizado um ataque real em uma multidão ao vivo ou em aparelhos reais. Segundo um dos responsáveis, os testes foram feitos em caixas de proteção RF isoladas — por segurança, claro.

TecMundo
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