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Facebook vai tirar app espião Onavo da loja de apps do Android

O Onavo estava envolvido em uma polêmica divulgada pelo site TechCrunch em janeiro deste ano; o sistema do aplicativo foi usado pela rede social em um programa chamado Facebook Research, que era usado em pesquisas de mercado

22 fev 2019 - 15h46
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O Facebook removeu o aplicativo Onavo da loja de aplicativos do Android. O Onavo estava envolvido em uma polêmica divulgada pelo site TechCrunch em janeiro deste ano- o sistema do aplicativo foi usado pela rede social em um programa chamado Facebook Research, que funcionava como um "app espião". Segundo a reportagem, o Facebook oferecia um dinheiro mensal para que pessoas entre 13 e 35 anos instalassem o programa, que monitorava todas as ações do smartphone, incluindo mensagens particulares - os dados eram usados para uma pesquisa de mercado.

De acordo com o TechCrunch, o Facebook encerrará totalmente o Onavo e os seus programas gratuitos de pesquisa de mercado. No entanto, segundo a reportagem, o Facebook pretende continuar com programas de pesquisa de mercado pagos, em que usuários entendem exatamente quais dados estão sendo usados pela plataforma.

O aplicativo já foi retirado da loja de aplicativos da Apple, a Apple Store, em agosto do ano passado. O Facebook Research também foi removido dos produtos da Apple, em janeiro deste ano. A fabricante de iPhones alegou que ambos os aplicativos violavam as regras de aplicativos e testes da Apple.

Aplicativo. O Onavo, à primeira vista, era um aplicativo que prometia limitar uso excessivo de dados por outros programas e manter as informações pessoais dos usuários protegidas em uma rede segura. Ao mesmo tempo, por trás dessa proteção, ele coletava informações sensíveis como o tempo gasto em aplicativos e o tipo de dispositivo do usuário.

O aplicativo foi criado por uma startup homônima, comprada por US$ 120 milhões pela empresa de Mark Zuckerberg em 2013. O serviço também foi utilizado pela rede social para descobrir, por exemplo, que o fluxo de mensagens do WhatsApp era o dobro do Facebook Messenger - munindo a empresa de argumentos para pagar US$ 16 bilhões pelo app de mensagens mais popular do Brasil hoje em dia.

Antes de ser banido pela Apple, o Onavo já havia sofrido críticas: reportagem feita pelo Wall Street Journal em 2017 mostrou que o aplicativo foi vital para o Facebook espiar o rival Snapchat, antes de lançar ferramentas de mensagens efêmeras como Instagram Stories e WhatsApp Status.

Estadão
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