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Facebook será investigado por coleta ilegal de dados na Alemanha

A autoridade pretende começar a investigação ainda este ano; domínio de mercado e coleta de dados sem consentimento são as principais preocupações

27 ago 2018 - 14h18
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O órgão de antitruste da Alemanha planeja começar ainda este ano uma investigação contra o Facebook, depois de descobrir que a rede social abusou do seu domínio do mercado para coletar dados das pessoas sem o seu conhecimento ou consentimento.

A preocupação da Alemanha é uma preocupação da Europa em geral, portanto a investigação do órgão alemão está sendo observada de perto por outras autoridades da União Europeia. A medida é uma reação ao vazamento de dados de usuários do Facebook, e também ao uso de anúncios para influenciar eleições nos Estados Unidos.

O órgão se atenta em particular para a forma com que a rede social coleta dados dos usuários por meio de aplicativos de terceiros - incluindo o WhatsApp e o Instagram, que são plataformas do Facebook - e também para o rastreamento de pessoas que nem são usuários do serviço.

Ao contrário da investigação de antitruste contra o Google feita pela União Europeia que resultou em uma multa bilionária, a investigação alemã não pretende aplicar multas contra o Facebook. Entretanto, fontes familiarizadas com o assunto afirmaram que a autoridade pode exigir que o Facebook cumpra suas exigências, caso a empresa não faça isso voluntariamente.

Novos alvos. Andreas Mundt, presidente do órgão alemão, afirmou que pode iniciar uma outra investigação envolvendo a indústria de e-commerce. Nessa investigação, a autoridade focaria em plataformas como a Amazon, que vende seus próprios produtos e serviços, mas também hospeda comerciantes terceirizados.

"Nossa pergunta é: qual é a relação entre a plataforma, que é um comerciante muito poderoso, e os comerciantes que usam a plataforma?" disse Mundt. Ele afirmou também que o seu interesse pelo assunto se estende a plataformas além da gigante varejista de Jeff Bezos.

Estadão
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