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Facebook lançará sua ferramenta de privacidade só no ano que vem

O recurso, chamado de Clear History, permitirá que os usuários da rede social apaguem os registros de navegação coletados pela empresa; a ferramenta foi prometida em maio após o escândalo Cambridge Analytica

18 dez 2018 - 12h14
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O Facebook ainda vai demorar alguns meses para lançar sua ferramenta de privacidade Clear History, que permitirá que os usuários da rede social apaguem os registros de navegação coletados pela empresa - isto é, as informações sobre sites e aplicativos utilizados pelas pessoas mesmo quando não estão utilizando diretamente o Facebook. A informação é do site Recode. De acordo com o Facebook, a ferramenta será disponibilizada para testes somente no fim do primeiro semestre de 2019.

A ferramenta foi anunciada em maio deste ano, como uma medida para conter o escândalo Cambridge Analytica, que que usou sem consentimento os dados de 87 milhões de pessoas para tentar influenciar as eleições presidenciais americanas de 2016. À época, a diretora de privacidade da empresa, Erin Egan, disse que demoraria "alguns meses" para a ferramenta ficar pronta. Entretanto, sete meses depois, o diretor da equipe de produtos de privacidade do Facebook, David Baser, admitiu ao Recode que a construção do recurso "está demorando mais do que imaginávamos inicialmente".

Baser afirmou que o atraso tem motivos técnicos. Segundo a empresa, uma das dificuldades do sistema é atrelar os dados de navegação a usuários individuais - o Facebook geralmente armazena dados por hora e data, não por indivíduo.

De acordo com o Recode, o Clear History não deleta totalmente o histórico de navegação dos servidores do Facebook - a ferramenta dissocia os dados de navegação de uma conta específica, mas os dados em geral não são excluídos dos servidores do Facebook. "Não podemos parar a coleta de dados", disse Baser ao site, fazendo referência ao modelo de negócio do Facebook, que se apoia em anúncios. "O que podemos fazer é remover o identificador que nos mostraria de quem era os dados".

Estadão
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