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Facebook lança novas garantias de privacidade após ceder à pressão de anunciantes

13 jun 2018 - 18h41
(atualizado às 18h47)
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O Facebook está instalando novos controles para informar melhor seus membros sobre o modo como as empresas os estão abordando com publicidade, no mais recente passo para conter o clamor público sobre o mau uso dos dados de usuários pela empresa.

REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration
Foto: Dado Ruvic/Illustration / Reuters

A partir de 2 de julho, o Facebook exigirá pela primeira vez que os anunciantes informem seus usuários se os chamados data brokers forneceram informações que os levaram a ser abordados com um anúncio.

Data brokers são empresas que coletam informações pessoais sobre consumidores e as vendem para profissionais de marketing e outros negócios.

O Facebook também criou novos procedimentos para tratamento de nomes de clientes potenciais fornecidos por data brokers. Os anunciantes que quiserem fazer upload de listas dessas propagandas na plataforma do Facebook terão primeiro que prometer que o fornecedor de dados obteve qualquer consentimento legalmente exigido desses consumidores.

O Facebook diz que as novas políticas criarão mais transparência para os usuários e exigirão mais responsabilidade dos anunciantes.

"Não estamos assumindo uma posição sobre se os dados de terceiros são inerentemente bons ou ruins", disse Graham Mudd, diretor de marketing de produto do Facebook. "Estamos assumindo uma posição sobre a importância de ter o direito de usar os dados e para que eles tenham sido adquiridos com responsabilidade".

As novas políticas são o segundo grande empurrão do Facebook neste ano para reforçar a política em relação aos data brokers.

Em 28 de março, o Facebook passou a banir os data brokers de sua plataforma como parte dos esforços para melhorar sua imagem. Mas a empresa rapidamente suavizou sua postura depois que grandes profissionais de marketing ameaçaram retirar seus anúncios do Facebook, de acordo com três pessoas familiarizadas com a decisão.

Os anunciantes disseram que as restrições aos data brokers prejudicariam sua capacidade de direcionar seus anúncios para clientes com maior probabilidade de comprar seus produtos.

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