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Facebook investe US$ 1 milhão para combater desinformação sobre o clima

Empresa também vai expandir o Centro de Informações da Ciência do Clima e destacar influenciadores que defendam o meio ambiente em suas plataformas

16 set 2021 - 10h10
(atualizado às 19h31)
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O Facebook vai distribuir US$ 1 milhão entre organizações que combatam informações falsas sobre clima, com o objetivo de combater a desinformação e envolver usuários com temas relacionados ao assunto. A medida faz parte de uma série de iniciativas da empresa, que também expandiu o Centro de Informações da Ciência do Clima e vai destacar influenciadores que defendam o meio ambiente em suas plataformas durante a Semana do Clima de Nova York, entre 20 e 26 de setembro.

O pacote de medidas é uma resposta ao relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, que mostrou que a Terra se prepara para atingir 1,5ºC acima do nível pré-industrial já na década de 2030, dez anos antes do esperado. No documento, cientistas de 66 países destacaram que não há como impedir que o aquecimento global se intensifique nos próximos 30 anos, mas ações tomadas agora podem ajudar a desacelerar ou estabilizar o aumento das temperaturas.

Mesmo considerando que a desinformação climática represente uma pequena parcela do conteúdo geral sobre o clima no Facebook, Instagram e WhatsApp (aplicativos de responsabilidade da empresa), o conglomerado lançou o Programa de Subsídio contra Desinformação Climática. Com administração da International Fact Checking Network (IFCN), o programa vai distribuir US$ 1 milhão para propostas que construam alianças entre fact-checkers, especialistas em clima e outras organizações, a fim de apoiar projetos que se concentram no combate a informações falsas sobre o clima.

Para concorrer aos subsídios que vão até US$ 100 mil, as instituições podem se inscrever até 31 de outubro. A inscrição necessita sinalizar uma organização principal, que pode convidar outras e tê-las como colaboradoras. Os inscritos serão divididos em quatro categorias: checadores verificados pela IFCN, entidades com histórico comprovado de trabalho impactante nas mudanças climáticas, provedores de mecanismos automatizados e replicáveis ??para detectar e refutar declarações falsas e fact-checkers sem certificação da IFCN, mas que tenham trabalho reconhecido de checagem. A seleção final será por um painel independente de jurados com experiência na área.

A empresa também anunciou mudanças dentro da rede social. O Centro de Informações sobre Ciências do Clima do Facebook, lançado em 2020, passa a ser chamado de Central de Ciência do Clima. Além da mudança do nome, o hub recebeu novos módulos, como um quiz, em colaboração com o IPCC, para testar os conhecimentos do usuário sobre mudanças climáticas.

A seção de Fatos sobre Mudanças Climáticas da Central de Ciências do Clima foi atualizada com a ajuda de especialistas do Programa Yale de Comunicação sobre Mudanças Climáticas, da Universidade de Cambridge e da Universidade de Monash, na Austrália. Agora, os usuários encontram informações como "Os níveis do mar subiram uma média de 20 centímetros em todo o mundo, desde 1880" e "A maneira como os cientistas preveem mudanças nos padrões do clima provou ser confiável".

"A evolução da nossa Central de Ciência do Clima se baseia no trabalho que temos feito durante a última década para sermos mais sustentáveis e visa informar e envolver nossa comunidade no tema das mudanças climáticas", diz Vincent Gonguet, diretor de produto para o clima do Facebook. Ele adianta ao Estadão que a empresa pretende expandir "em breve" o hub para além dos 16 países onde já está disponível.

As ações se estendem ainda para a Semana do Clima de Nova York, período em que criadores de conteúdo que aumentam a conscientização sobre as mudanças climáticas serão destacados nas redes sociais da empresa.

Além disso, a série Say It With Science no Facebook, em colaboração com a Fundação das Nações Unidas e o IPCC, será continuada. Nos episódios, cientistas e jovens defensores do meio ambiente falam sobre novidades científicas sobre o clima. No Facebook Watch, os usuários também poderão assistir a um vídeo sobre sustentabilidade alimentar com a influenciadora Sydel Curry-Lee.

Estadão
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