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Facebook é alvo de investigações antitruste na Europa por uso de dados

As autoridades analisarão se a rede social explora os dados que coleta de anunciantes para dar vantagens ilegais aos seus próprios serviços, incluindo o marketplace do Facebook

4 jun 2021 - 13h48
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A União Europeia e o Reino Unido abriram nesta sexta-feira, 4, investigações antitruste sobre o mercado de serviços de anúncios classificados do Facebook - as autoridades analisarão se a rede social explora os dados que coleta de anunciantes que compram anúncios para dar vantagens ilegais aos seus próprios serviços, incluindo o marketplace do Facebook.

Lançado em 2016, o marketplace do Facebook é o serviço da rede social para compra e venda de produtos e funciona em 70 países. Impulsionada pela pandemia e pelo boom do comércio eletrônico, a ferramenta teve mais de 1 bilhão de visitantes mensais em abril deste ano, segundo Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook.

Além do marketplace, os reguladores europeus investigarão se o Facebook usa dados de anunciantes para dar vantagens semelhantes ao seu serviço de namoro online.

"Analisaremos em detalhes se esses dados dão ao Facebook uma vantagem competitiva indevida, em particular no setor de anúncios classificados online, onde as pessoas compram e vendem produtos todos os dias, e onde o Facebook também compete com empresas das quais coleta dados", disse Margrethe Vestager, chefe antitruste da União Europeia. "Na economia digital de hoje, os dados não devem ser usados de maneiras que distorçam a concorrência".

Em resposta às investigações, um porta-voz do Facebook disse que seus serviços de marketplace e de namoro "operam em um ambiente altamente competitivo com muitos grandes operadores. Continuaremos a cooperar totalmente com as investigações para demonstrar que não têm mérito".

As investigações contra o Facebook se somam a outras movimentações de reguladores europeus contra gigantes de tecnologia. Margrethe Vestager já aplicou mais de € 8 bilhões em multas contra o Google e sua dona Alphabet e também está investigando a Amazon e a Apple. Os reguladores do Reino Unido mantêm investigações sobre Google e Apple./ COM REUTERS

Estadão
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