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EUA agem para restringir venda de ferramentas de invasão de computadores no exterior

20 out 2021 - 16h00
(atualizado em 21/10/2021 às 09h33)
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O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira novas regras destinadas a restringir a venda de produtos voltados a ações de invasão de computadores e outros sistemas eletrônicos para alguns países com práticas consideradas por Washington como "autoritárias".

Homem segura um laptop enquanto o código cibernético é projetado nele 
13/05/2017
REUTERS/Kacper Pempel
Homem segura um laptop enquanto o código cibernético é projetado nele 13/05/2017 REUTERS/Kacper Pempel
Foto: Reuters

As empresas norte-americanas e qualquer companhia que vendam software usado em serviços de espionagem e produzido nos Estados Unidos precisarão de uma licença para vender ferramentas para determinados governos estrangeiros ou quaisquer compradores, incluindo intermediários, localizados na Rússia ou China.

Historicamente, as empresas dos EUA já eram obrigadas a buscar uma licença do governo federal ao venderem tecnologias de criptografia confidenciais ou sistemas de interceptação de comunicações no exterior.

"Estes controles são necessários porque essas ferramentas podem ser usadas para vigilância, espionagem ou outras ações que interrompem, negam ou degradam a rede ou dispositivos nela", diz um resumo das novas regras.

Especialistas dizem que é difícil regular este mercado por causa da forma como a indústria categoriza produtos de segurança "ofensivos" e "defensivos". Dependendo como certo produto de "defesa" é empregado, ele pode se transformar em uma ferramenta de espionagem.

Os Estados Unidos são um dos líderes na venda de produtos de segurança digital, ao lado de Israel. As regras se tornarão definitivas em 90 dias, após um período de contribuições da sociedade.

O anúncio segue acusações do Departamento de Justiça dos EUA contra três ex-funcionários da comunidade de espionagem do país que ofereceram serviços de invasão de computadores ao governo dos Emirados Árabes Unidos, ajudando-o a espionar dissidentes e rivais geopolíticos. Os três homens trabalharam para uma empresa de Maryland antes de serem contratados por uma companhia local dos Emirados.

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