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Entenda o que se sabe até agora sobre o 'Momo', novo viral do Whatsapp

Com imagem assustadora, perfil que circula no aplicativo de mensagens ainda não compromete segurança digital, mas pode ser usado para golpes; conta lembra caso da Baleia Azul

30 jul 2018 - 13h20
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Nos últimos dias, uma criatura de imagem assustadora tem circulado pelo WhatsApp. Chamado de Momo, esse monstro - que tem uma conta própria no aplicativo de mensagens - é o mais novo viral da internet, sendo adicionado por crianças e adolescentes. Há quem diga que a conta esteja sendo usada por pessoas mal-intencionadas para roubar dados pessoais de usuários, ou incentivá-las a baixar aplicativos maliciosos. Mas, por enquanto, ainda há muitos relatos soltos e poucas confirmações.

Tudo começou há cerca de três semanas, quando a Unidade de Investigação de Delitos Informáticos do Estado de Tabasco, no México, afirmou que um perfil do WhatsApp que usava uma foto assustadora - uma escultura japonesa, na verdade - estava ameaçando pessoas. "Vários usuários disseram que, ao enviar uma mensagem à Momo pelo celular, ela respondia com imagens violentas e agressivas. Há também quem afirme que ela respondeu as mensagens com ameaças", disse o órgão no Twitter.

"Quando acontece esse tipo de comportamento, não conseguirmos ter uma visibilidade de quantas vítimas foram atingidas pelo fenômeno", afirma Thiago Marques, analista da fabricante de antivírus Kaspersky Lab, em entrevista ao Estado. Além disso, existem vários números, de diversos países que usam a mesma foto. Esses contatos estão circulando em grupos de conversas do WhatsApp, principalmente nos celulares dos adolescentes. Segundo Marques, os relatos mostram que usuários adicionam o contato por curiosidade, por quererem entrar no desafio.

Jogo. O fenômeno está levantando dúvidas em todo mundo, inclusive no Brasil. Por aqui, também estão circulando relatos de pessoas que interagiram com alguns dos números que têm a foto da Momo. Supostamente esses perfis colocam os usuários em desafios, que lembram a história do jogo "Baleia Azul" - uma corrente digital que circulou em 2017 e foi associada a uma série de suicídios de jovens.

"A Momo parece uma versão digital daquelas brincadeiras de compasso, que ficavam convocando quem tinha coragem de participar", diz Marques. Como não há nenhum tipo de motivação financeira ou de aliciamento, o fenômeno não tem características de ser uma ideia de um grupo criminoso, explica o analista.

Mesmo assim, jogos como este podem ser perigosos, como foi o Baleia Azul - no entanto, vale pontuar que a Momo está longe de atingir a dimensão que foi o Baleia Azul. É importante os pais ficarem atentos ao comportamento das crianças, para que elas não entrem nessas cadeias de conversa com estranhos.

*É estagiária, sob supervisão do repórter Bruno Capelas

Estadão
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