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Empresas de tecnologia da China censuraram termos ligados ao coronavírus, diz relatório

3 mar 2020 - 17h47
(atualizado às 19h08)
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As plataformas de mídia social da China começaram a censurar referências ao coronavírus e palavras-chave críticas sobre a maneira como o governo lida com a doença, informou o grupo de pesquisa cibernética Citizen Lab em relatório nesta terça-feira.

Marzio Toniolo/via REUTERS
Marzio Toniolo/via REUTERS
Foto: Reuters

O aplicativo de mensagens WeChat, da Tencent, e o aplicativo de streaming de vídeo YY, da JOYY, bloquearam combinações de palavras-chave com críticas ao presidente Xi Jinping, autoridades locais e políticas ligadas ao vírus, segundo o relatório.

O Citizen Lab disse que as descobertas, coletadas entre dezembro e fevereiro, sugerem que as empresas "receberam orientações oficiais" sobre como gerenciar o conteúdo sobre o vírus nos estágios iniciais do surto.

Os termos bloqueados também incluíam frases não críticas relacionadas à saúde pública e regras locais, incluindo "proibição de viagem" e "transmissão de pessoa para pessoa".

A Tencent e a YY não responderam imediatamente aos pedidos de comentário nesta terça-feira.

As políticas de censura da China estão em foco desde o início do surto do vírus, em meio a alegações de internautas e da mídia local de que elas potencialmente ocultaram a seriedade do surto em seus estágios iniciais.

O relatório afirma que a YY adicionou 45 frases a uma lista negra interna, incluindo "Wuhan Unknown Pneumonia" e "Wuhan Seafood Market" em 31 de dezembro, um dia após oito pessoas, incluindo o médico Li Wenliang, terem alertado sobre o vírus em um grupo do WeChat e serem posteriormente punidos pela polícia por "espalhar boatos".

As regras de censura são rigorosamente aplicadas na China, e as empresas de internet no passado enfrentaram suspensões e multas por não cumpri-las completamente.

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