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Em clima de despedida, CEO da Amazon quer que Amazon cuide melhor de seus funcionários

Em carta para seus acionistas, Jeff Bezos recomendou que a empresa continue olhando para seus clientes, mas que não se esqueçam dos funcionários

15 abr 2021 - 13h19
(atualizado às 21h12)
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Em uma carta de despedida para acionistas da Amazon divulgada nesta quinta-feira, 15, o fundador Jeff Bezos afirmou que a empresa precisa olhar mais para seus funcionários no futuro e que a companhia deve manter a sua "obsessão" pelos clientes. Bezos anunciou a sua saída da presidência da Amazon em fevereiro deste ano.

A fala do fundador tem ligação direta com a recente votação de funcionários do Alabama para uma possível sindicalização. Segundo eles, alguns depósitos da Amazon não respeitavam os horários de pausa para almoço e descanso, e exerciam pressão para que os trabalhadores ficassem muitas horas trabalhando sem parar.

"Embora os resultados da votação tenham sido desequilibrados e nosso relacionamento direto com os funcionários seja forte, está claro para mim que precisamos de uma visão melhor de como criamos valor para os funcionários — uma visão para seu sucesso", disse Bezos.

Bezos também afirmou que deixa como comprometimento da empresa uma ação mais próxima desses trabalhadores, afirmando que quer tornar a empresa centrada no cliente, mas também em um lugar melhor para seus funcionários. Como membro da diretoria, o executivo afirmou que essa será uma das suas prioridades no futuro.

"Em minha próxima função, vou me concentrar em novas iniciativas. Estou animado para trabalhar ao lado da grande equipe de pessoas apaixonadas que temos em operações e ajudar a inventar nesta arena de 'Melhor Empregador da Terra' e 'Lugar Mais Seguro para Trabalhar na Terra'. Nos detalhes, nós da Amazon somos sempre flexíveis, mas em questões de visão somos teimosos e implacáveis. Nunca falhamos quando colocamos nossas mentes em algo, e também não vamos falhar nisso", afirmou na carta.

As declarações de Bezos também foram uma medida para acalmar os acionistas e prevenir um possível questionamento sobre as ações da empresa, uma vez que os conflitos com funcionários tiveram grande repercussão na mídia.

De saída da Amazon no final do segundo trimestre, Bezos deixa o cargo de presidente para Andy Jassy, funcionário da empresa desde 1997 e líder da divisão de serviços em nuvem da empresa.

Bom momento

Ao sair da presidência da Amazon em agosto, Bezos entrega a empresa com indicadores altos para Jassy, em faturamento e crescimento de seus serviços. Na carta, o executivo afirmou que a companhia chegou aos 200 milhões de clientes do Amazon Prime, o serviço de assinatura que oferece vantagens como entregas gratuitas, o streaming de vídeo Prime Vídeo e serviços de música.

Ainda, Bezos revelou que a Amazon teve em 2020 um lucro líquido de US$ 21,3 bilhões em 2020, ante US$ 11,6 bilhões no ano anterior — alta de 84% na comparação. Já no último trimestre de 2020, o lucro ficou em US$ 7,2 bilhões, ante US$ 3,3 bilhões no mesmo período de 2019.

Estadão
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