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Elon Musk vai a julgamento depois de acusar mergulhador de ser pedófilo

Acusações aconteceram após o resgate dos garotos tailandeses presos em caverna inundada

13 mai 2019 - 05h10
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Elon Musk, presidente executivo da Tesla, será julgado por difamação após chamar de pedófilo o mergulhador Vernon Unsworth. O caso aconteceu em julho de 2018, após Unsworth classificar como um "ato de propaganda" a tentativa do executivo de resgatar com minissubmarino os garotos tailandeses que passaram 18 presos em uma caverna inundada.

Na época, a reação de Musk à critica tomou a forma de uma sequência de acusações contra o mergulhador. Primeiro, o executivo publicou em sua conta no Twitter que Unsworth era um "pedófilo". Na sequência, reafirmou a acusação ao dizer que "apostava que isso erra verdade". Ao site BuzzFeed, ele afirmou que o mergulhador se mudou para a Tailândia para se casar com uma menina de 12 anos e que ele era um estuprador de crianças. Musk sugeriu ao repórter do site que investigasse a acusação.

No dia seguinte ao primeiro tuíte, Unsworth prometeu processar o executivo, que será julgado no próximo dia 22 de outubro - uma audiência preliminar acontecerá no dia 7 do mesmo mês. O juiz do caso afirmou que não apenas Musk insultou Unsworth, mas que também agiu como se suas afirmações fossem verdadeiras.

No final de abril, Musk chegou a um outro acordo legal após o uso desastrado do Twitter. Agora, quaisquer informações sobre a Tesla, incluindo tuítes, devem passar por aprovação do departamento jurídico da empresa. A Securities and Exchange Comission (SEC), órgão regulador do mercado financeiro nos EUA, acusava Musk de violar um acordo feito em dezembro de 2018, após o executivo publicar que tornaria a Tesla uma empresa de capital fechado. Musk chegou a dizer que pagaria US$ 420 por ação, um número que chamou a atenção por ser uma suposta referência à cultura canábica. O preço das ações da Tesla disparou após as mensagens.

O uso desenfreado do Twitter pelo executivo causa arrepios nos investidores da empresa, que acreditam que ele gasta muita energia em momentos cruciais de sua administração.

Estadão
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