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Brasileiro ainda não compreendeu os tablets, diz pesquisa

18 nov 2011 - 11h47
(atualizado às 12h45)
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Ismael Cardoso
Direto da Praia do Forte (BA)

O consumidor brasileiro ainda não compreendeu a utilidade dos tablets e dos netbooks. É o que indica uma pesquisa realizada pela Intel e divulgada nesta sexta-feira em evento na Bahia pelo diretor de Estratégia e Novos Negócios da companhia, Cássio Tietê. Segundo a pesquisa, realizada nos quatro maiores mercados latino-americanos e que levantou qualitativamente a relação dos consumidores com a tecnologia, o brasileiro é o que tem uma relação mais forte com o desktop, mesmo entre os jovens.

Intel mostrou tablet educacional Spring Hill, baseado no Classmate PC, com tela de 7 polegadas - Leia mais
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Foto: ZTOP / Reprodução

Comparado com colombianos, mexicanos e argentinos, o brasileiro é o que guarda uma relação emocional mais forte com o PC e ainda não conseguiu estabelecer benefícios dos tablets. "O brasileiro tem a percepção de baixa utilidade prática, preço alto, fútil e supérfluo dos tablets", afirma Tietê. Segundo a pesquisa, os consumidores consideram o gadget como um dispositivo relacionado com luxo e classe social, mas bom para ler revistas, livros e jornais e para armazenar dados e informações.

Os netbooks são vistos pelos usuários como uma categoria de produtos de menor prestígio, que não oferece o desempenho e as funções de um PC, segundo a pesquisa. O PC e telefone celular básico são os dispositivos de maior necessidade e afinidade emocional do brasileiro, mesmo nas classes A e B. Câmera fotográfica, DVD e TV aparecem em uma segunda camada, seguidos de MP3 players, tablets e smartphones.

Apesar de desktop ainda ser o centro da relação do brasileiro com a tecnologia, o notebook é o maior objeto de desejo. O desktop é visto como um item mais poderoso e com maior memória e para lidar com várias tarefas, enquanto o notebook é visto como um aparelho mais pessoas e de prestígio, prático e versátil, mas com uma limitação de desempenho e visto como não acessível.

O brasileiro também considera a TV como o principal centro de entretenimento no lar. Porém, entre os jovens, principalmente entre 16 e 18 anos, essa importância tende a cair. A pesquisa indicou que os adolescentes preferem consumir conteúdos on-demand pelo PC que pela o conteúdo tradicional pela TV.

Lado negativo
Apesar do brasileiro ver a tecnologia tornando a vida mais fácil, que dá mais conforto, segurança e liberdade, foi apontado como uma das causas do sedentarismo e por deixar as pessoas preguiçosas. Além disso, o consumidor avalia que a tecnologia tornou a comunicação mais fácil, rápida e barata, mas reclama que ela tornou-se fria, impessoal e diminuiu a privacidade.

No Brasil e na Colômbia, um dos temas que apareceu perifericamente no estudo foi o risco da tecnologia ser uma ameaça ao emprego deixando o trabalhador desatualizado. "Isso mostra que as empresas precisam se preocupar em explicar e informar como funciona a tecnologia", afirmou Tietê.

Fonte: Terra
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