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Dona do Google, Alphabet registra primeira queda de receita na história

A queda em meio à pandemia do novo coronavírus era espera pelo mercado

30 jul 2020 - 18h32
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A Alphabet, holding que controla o Google, registrou pela primeira vez na história uma queda de receita: no último trimestre, a empresa teve receita de US$ 38,3 bilhões, uma diminuição de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou US$ $38,9 bilhões. Os resultados financeiros da Alphabet do segundo trimestre foram revelados nesta quinta-feira, 30, e, apesar da diminuição da receita, as ações da companhia tiveram pouca variação após o fechamento do pregão (um aumento de cerca de 0,5%).

A queda era esperada pelo mercado: analistas da Refinitiv estimavam uma diminuição de 4% na receita. Além disso, no primeiro trimestre, a empresa alertou que esperava que a pandemia impactasse seus resultados.

"Estamos trabalhando para ajudar pessoas, empresas e comunidades em tempos de incerteza", disse Sundar Pichai, presidente executivo da Alphabet e do Google, em comunicado nesta quinta. "À medida que as pessoas recorrem cada vez mais aos serviços online, nossas plataformas, desde Cloud, Google Play e YouTube, estão ajudando nossos parceiros a fornecer serviços importantes e a apoiar seus negócios".

De fato, a receita de anúncios do YouTube cresceu de US$ 3,6 bilhões no segundo trimestre em 2019 para US$ 3,81 bilhões neste ano. A demanda pelos serviços, entretanto, não foi suficiente para garantir o aumento de receita, já que os anunciantes estão enfrentando dificuldades financeiras por conta da pandemia — dentro disso, os orçamentos de marketing geralmente são os primeiros a serem prejudicados, especialmente por grandes clientes, como mecanismos de busca de viagens, companhias aéreas e hotéis.

No período em questão, o lucro líquido registrado foi de US$ 6,9 bilhões, uma queda em relação ao ano anterior, quando o número foi US$ 9,9 bilhões.

A queda na receita foi a primeira desde que a empresa abriu capital em 2004, quando ainda era identificada apenas por Google. Cerca de 80% da receita da Alphabet vem de anúncios. / COM REUTERS

Estadão
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