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Dona do Fortnite deixa de anunciar no YouTube após polêmica com comentários pedófilos

Além da Epic Games, outras empresas que têm anúncios aparecendo em vídeos envolvidos na polêmica falaram com o YouTube pedindo explicações sobre a situação

21 fev 2019 - 11h10
(atualizado às 14h40)
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A Epic Games, criadora do jogo Fortnite, deixou de veicular anúncios em vídeos do YouTube, depois que descobriu que as propagandas do jogo estavam passando em vídeos que movimentavam uma rede de pedófilos na plataforma. A informação é da revista Wired, que afirmou que grande parte desse conteúdo têm centenas de milhares de visualizações.

Os vídeos são aparentemente inocentes e não contém pornografia - trata-se de material que pode ter sido postado pelas próprias crianças, ou por seus pais, em atividades normais, mas que podem mostrar acidentalmente alguma parte de seus corpos. Por exemplo, uma criança dançando cuja camiseta se movimenta demais, expondo os mamilos. Segundo a reportagem, porém, esse conteúdo está atraindo centenas de milhares de comentários sexuais.

Um porta-voz da Epic Games afirmou que a equipe de publicidade da empresa entrou em contato com o Google e o YouTube para saber que ações serão tomadas para eliminar esse tipo de conteúdo da plataforma.

Além da Epic Games, outras empresas que têm anúncios aparecendo nesse tipo de vídeos falaram com o YouTube pedindo explicações sobre a situação.

De acordo com uma investigação do Wired, os algoritmos do YouTube recomendam para usuários vídeos populares que contêm comentários pedófilos. Os algoritmos também facilitam que pedófilos conversem entre si e troquem informações.

Em resposta ao Estado, um porta-voz do YouTube disse que a empresa desabilitou dezenas de milhões de comentários pedófilios da plataforma e cancelou cerca de 400 canais que faziam esse tipo de comentário. Além disso, o YouTube disse que removeu vídeos, inicialmente inocentes, que pudessem colocar em risco menores de idade e revisou comentários em diversos vídeos de crianças. A empresa afirma que tem políticas que proíbem contéudos que ponham em risco menores de idade. "Ainda há mais a ser feito e continuamos a trabalhar para melhorar e identificar abusos mais rapidamente", disse.

Estadão
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