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Disney enfrentará perguntas de Wall Street sobre impacto de coronavírus

4 mai 2020 - 13h06
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As aquisições da Walt Disney, que incluíram grande parte da 21st Century Fox no ano passado, transformaram a empresa na máquina de entretenimento mais poderosa do mundo.

Visitantes usam máscara em parque da Disney em Xangai, na China
24/01/2020
REUTERS/Aly Song/File Photo
Visitantes usam máscara em parque da Disney em Xangai, na China 24/01/2020 REUTERS/Aly Song/File Photo
Foto: Reuters

Essa dimensão agora a tornou a mais vulnerável entre as empresas de mídia durante a pandemia global de coronavírus. Na terça-feira, Wall Street avaliará o nível do dano e procurará sinais de que a empresa atingiu o fundo e começará a se reerguer.

Com as ligas esportivas paralisadas, o canal a cabo ESPN, da Disney, recorreu à exibição de reprises de jogos antigos e uma programação alternativa, como competições de jogar pedras na água. Os principais centros do lucro da empresa, como parques temáticos e cruzeiros, estão fechados ou ancorados. A produção de conteúdo diminuiu drasticamente, à medida que filmagens estão paralisadas e os cinemas não funcionam.

"A Disney tem um alvo nas costas como nenhuma outra empresa de mídia", disse Jessica Reif Ehrlich, analista do Bank of America Merrill Lynch. "Ela é fortemente impactada".

Em 6 de abril, Ehrlich cortou em 15% as estimativas de receita da Disney para 70,9 bilhões de dólares.

A Disney se recusou a comentar.

O balanço financeiro do segundo trimestre fiscal da empresa será divulgado na terça-feira e oferecerá a primeira avaliação dos danos causados pelo coronavírus nos negócios globais da Disney.

Analistas esperam que a Disney registre receita de 17,8 bilhões de dólares no trimestre encerrado em março, um aumento de 19% em relação aos 14,9 bilhões de um ano atrás, e um lucro por ação de 0,89 dólar, queda de 45% em relação ao do ano anterior, de 1,61 dólar por ação.

O balanço também será a primeira vez que Bob Chapek vai encarar Wall Street. O ex-chefe dos parques da empresa assumiu o cargo de presidente-executivo em fevereiro, quando a pandemia começava a se espalhar pelo mundo. Chapek assumiu o novo papel quando Bob Iger se tornou presidente do conselho.

Os executivos enfrentarão os analistas em busca de respostas sobre como planejam sair da crise global sem precedentes.

Ehrlich e muitos outros analistas estão otimistas sobre o futuro a longo prazo da empresa. Ela é uma das 13 analistas que avaliam as ações da Disney como "compra".

"Eles têm marcas incríveis e são extremamente bem administrados", disse Ehrlich. Quando a crise da saúde acabar e a economia se recuperar, "haverá uma demanda reprimida por esportes e experiências, parques temáticos, filmes e programas de TV", disse ela.

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