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Chromecast, Fire TV, Apple TV: o teste dos principais dispositivos para streaming

Para te ajudar na escolha de um deles, a equipe do Link testou os principais modelos disponíveis no País

24 out 2020 - 22h09
(atualizado em 27/10/2020 às 20h52)
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Durante a quarentena, muita gente correu para serviços de streaming para se divertir enquanto tinha de ficar em casa. Mas, sem uma Smart TV, como fazer para assistir um vídeo na televisão? - afinal, chega uma hora em que ver tudo pelo celular é muito chato. A resposta está nos dispositivos de streaming, que tiveram um boom ao longo dos últimos meses. A categoria, que permite a qualquer um conectar uma TV que tenha entrada HDMI, ganhou vários lançamentos recentes. Para te ajudar na escolha de um deles, a equipe do Link testou os principais modelos disponíveis no País:

- Chromecast 3, do Google

- Fire TV Stick Lite, da Amazon

- Apple TV 4K, da Apple

- Mi TV Stick, da Xiaomi

- Roku Express, da Roku

Abaixo, você pode conferir o que achamos de cada um deles, com detalhes sobre assistentes de voz, controle remoto, qualidade de conexão ao Wi-Fi e também disponibilidade de serviços - há certos aparelhos que não têm apps para plataformas populares como Globoplay e HBO Go, o que é um desfalque. A seguir, o veredito.

Chromecast 3: Pioneiro é bom, mas precisa de atualização

Quando se fala em dispositivo de streaming para TV, o Chromecast é o primeiro nome que vem à mente. Há uma razão para isso: o aparelho do Google chegou ao Brasil em 2014 e virou sinônimo da categoria, feito gilete e lâmina de barbear. Mais recente, o Chromecast 3 chegou aqui em fevereiro de 2019 por R$ 350. Com alta do dólar, subiu para R$ 400 - mas no varejo dá para achá-lo em torno de R$ 320. A caixa vem com três itens: o Chromecast, um cabo de alimentação com entrada USB e um adaptador de energia.

Seu ponto forte segue sendo a acessibilidade, tanto pelo preço quanto pela facilidade de uso. Para configurá-lo na TV, bastam cinco minutos — cada passo da instalação é bem direcionado e se torna simples mesmo para quem não "entende" de tecnologia. Para sincronizar o aparelho à TV, basta usar o app Google Home, que também tem boa usabilidade. Além disso, diversos apps no Android (e também no iPhone) tem botões dedicados ao Chromecast e aparecem dentro dos serviços depois que um dos aparelhinhos é sincronizado. A qualidade de imagem também é muito boa.

Mas o pioneiro tem lá seus problemas: hoje, por preço semelhante, é possível achar dispositivos que têm controle remoto independente ou assistente de voz, confortos que deixam o uso mais bacana. É um problema que tem solução à vista: lá fora, o novo modelo do Chromecast já tem esses recursos. O dispositivo, porém, não tem previsão de chegada ao Brasil - e nem se sabe se terá um preço razoável por aqui, algo importante em tempos de crise.

Preço: R$ 400

Conectividade: Wi-Fi 2,4 GHz/5 GHz

Resolução de vídeo: Full HD (1080p)

Controle remoto: Não

Formato: Compacto

Assistente de voz: Não

Mi TV Stick: Opção bacana para casa conectada

O dispositivo de streaming da Xiaomi é bem completo quanto à disponibilidade de recursos. O Mi TV Stick tem controle remoto Bluetooth, integração com Google Assistant, opção de espelhamento de tela pelo celular e Android 9 para TVs embarcado. Mas, tudo isso tem um preço: R$ 600, um pouco acima da média do mercado.

Em formato que lembra um pendrive, o Mi TV Stick é fácil de carregar para ser levado a uma apresentação no trabalho ou numa viagem. Por outro lado, ele pode ser difícil de colocar na parte traseira da TV caso ela seja grudada na parede. Para resolver o problema, é necessário um adaptador extra.

A instalação é fácil, mas um pouco mais complexa do que a de concorrentes - uma das etapas exige certa destreza manual para clicar em dois botões do controle para pareá-lo com a TV. É necessário também inserir sua conta do Google para usar os recursos da melhor forma. Se for a mesma conta cadastrada nos serviços de streaming, a integração é em poucos cliques. Se não for, há a opção de sincronizar a conta por meio de um código. A navegação pela plataforma é fluida e rápida.

O Google Assistant também é um diferencial do Mi TV Stick, principalmente porque o controle tem um botão de acesso rápido para o comando de voz. A experiência, entretanto, não é 100%: em testes de busca feitos pela reportagem no Spotify, foi necessário dizer "João Bosco" três vezes até plataforma identificar o cantor brasileiro — de início, o sistema entendeu que a palavra pesquisada era "jogos".

Para quem tem outros dispositivos de casa conectada, o aparelho da Xiaomi ganha pontos: dá para falar com o controle para apagar a luz e criar aquele clima de cineminha. O controle também tem um botão para acessar em um clique o Netflix, e outro para acessar o Amazon Prime Video. Além disso, há botões para aumentar e diminuir controle, e avançar ou voltar nas transmissões, o que é bem bom.

Preço: R$ 600

Conectividade: Wi-Fi 2,4GHz/5GHz

Resolução de vídeo: Full HD (1080p)

Controle remoto: Sim

Formato: 'Stick'

Assistente de voz: Sim (Assistant)

Apple TV 4K: Ótimo (e caro), é só pra quem já usa Apple

Como o próprio nome diz, o dispositivo mais avançado da Apple tem como principal diferencial o suporte à resolução 4K. É um trunfo, mas também um contra senso: toda TV 4K vendida no Brasil também é Smart. Há também outros pontos fortes como processador potente, rapidez na navegação, suporte a jogos e uma experiência com a assistente de voz Siri que não decepciona.

Se tudo isso vale R$ 2,3 mil? Pode até ser que sim, mas só para quem é um cliente Apple, que já tem outros aparelhos da empresa de Cupertino em casa — e que, claro, esteja disposto a desembolsar um valor bem acima da média do mercado, para ter a performance mais premium possível.

Com o iPhone ou um iPad em mãos, as configurações e as sincronizações de informações são simples: é só ligar a Wi-Fi e o bluetooth, e aproximar o aparelho do Apple TV. Para evitar a chatice que é digitar pelas letrinhas da TV com o controle remoto da Apple, há a opção de digitar pelo celular: sempre que você abre o teclado na TV, o iPhone pisca sugerindo para usar o teclado do smartphone. É bem prático.

Para quem não é um usuário Apple, porém, o melhor caminho é buscar outro dispositivo de streaming no mercado. Não que não seja possível usar o Apple TV 4K sem iPhone, mas a experiência acaba não compensando, já que você fica dependente do controle para navegar na televisão e não usufrui dos benefícios de sincronização.

A resolução 4K também só funciona se você tiver uma televisão com suporte à tecnologia. Além disso, o cabo HDMI é por sua conta: ele não vem na caixa oferecida pela Apple.

O controle também é polêmico: a parte sensível ao toque é confusa e às vezes pouco precisa, o que pode ser sentido principalmente na hora de jogar algum game — em testes feitos pelo reportagem em um jogo dos Minions, os bonequinhos amarelos em alguns momentos iam para o lado quando o comando dado era o de pular acima de um obstáculo.

Preço: R$ 2,3 mil

Conectividade Wi-Fi 2,4GHz/5GHz

Resolução de vídeo Full HD (1080p)/4K

Controle remoto Sim

Formato 'Box'

Assistente de voz Sim (Siri)

Fire TV Stick Lite: Recursos se destacam, mas conteúdo nem tanto

Se fosse só pela ficha técnica, o Fire TV Stick Lite seria indiscutivelmente o melhor aparelho do mercado. Recém-anunciado e lançado pela Amazon lá fora e aqui no Brasil, o dispositivo tem tudo por um preço camarada: controle remoto, compatibilidade com redes de Wi-Fi mais velozes (5 GHz, importante em tempos de quarentena), um sistema de assistente de voz popular e a possibilidade de se conectar a outros dispositivos da casa conectada, via Alexa, de forma fácil.

Os primeiros passos com o aparelho são fáceis. A instalação é simples e a presença de um adaptador na caixa deixa o stick fácil de ser usado em qualquer posição na TV. A configuração inicial também é tranquila, mas tem uma questão. É necessário usar a conta da Amazon, o que já integra o aparelho ao Prime Video serviço de vídeo da empresa - o que pode ser um problema para quem divide a conta com o resto da família, mas não a TV.

É um detalhe menor perto de outros obstáculos, especialmente na área de conteúdo. Primeiro: o Fire TV Stick Lite não tem aplicativos oficiais para serviços de streaming populares no País, como Globoplay ou HBO Go. Para fazê-los rodar, só usando espelhamento de tela a partir de um celular, o que traz desvantagens - incluindo interrupções por aquela mensagem chata no WhatsApp.

Outro problema é o Fire TV Stick Lite achar que todo mundo vive no mundo de Jeff Bezos: apesar de ter diversos menus, ele só mostra conteúdo de outros serviços de streaming em sua página inicial. No setor de Filmes ou Séries, parece que o usuário está dentro do app do Prime Video. No entanto, a experiência com a voz é bacana: tal como nas caixas de som conectadas, Alexa é esperta - conseguiu identificar vídeos de memes no YouTube apenas por descrições distantes como "choque da uva" ou "sabia não". A integração com o serviço IMDb, que tem dados e curiosidades de cinema, também é legal.

Preço: R$ 350

Conectividade: Wi-Fi 2,4GHz/5GHz

Resolução de vídeo: Full HD (1080p)

Controle remoto: Sim

Formato: 'Stick'

Assistente de voz: Sim (Alexa)

Roku Express: patinho feio, mas 'pau pra toda obra'

Bastante popular nos EUA, mas quase desconhecida no Brasil, a Roku chegou ao País com uma missão inglória: bater de frente com marcas gigantes no imaginário do brasileiro. Mas o Roku Express, seu dispositivo lançado em setembro, não fica devendo em nada para os rivais: é um aparelho que tem bom preço e cumpre muito bem o que promete.

Seu processo de instalação, assim como os demais, é bastante simples, mas tem uma etapa a mais: criar uma conta própria (e mais uma senha para guardar na cabeça). Depois disso, cabe ao usuário procurar por seus aplicativos favoritos - em uma quantidade vasta de opções, que inclui tanto os serviços lá de fora como os nacionais Globoplay e Telecine, além de inúmeras plataformas pequeninas e alternativas.

A presença de um controle remoto simples e de pegada confortável também é um ponto alto para os dispositivos do mesmo preço. Quem quiser, porém, pode usar o aplicativo da empresa como controle remoto - o que ajuda na hora de digitar na busca de filmes ou séries. A ausência de comando de voz é uma questão, mas não deve incomodar usuários que não tem outros aparelhos de casa conectada.

Nem tudo, porém, é incrível: o design das telas do dispositivo privilegia a funcionalidade, não a beleza, o que pode desagradar alguns. A falta de Wi-Fi com 5GHz não chega a ser um problema, mas é uma ausência sentida. Às vezes, a navegação e a busca também são um bocado mais lentas que em concorrentes da mesma categoria, mas nada que afete a experiência em geral. São defeitos, no entanto, que fariam o Roku ser incapaz de nocautear os rivais. O que não quer dizer que ele não possa vencê-los por pontos, em uma luta suada.

Preço:R$ 350

Conectividade:Wi-Fi 2,4 GHz

Resolução de vídeo: Full HD (1080p)

Controle remoto: Sim

Formato: 'Box'

Assistente de voz: Não

Estadão
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