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China apóia abertura de processo da Huawei contra governo dos EUA

8 mar 2019 - 10h24
(atualizado às 10h51)
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O principal diplomata do governo chinês, o conselheiro de Dstado Wang Yi, disse nesta sexta-feira que a China apoia o processo da Huawei por reparação legal nos Estados Unidos e acrescentou que as empresas chinesas devem usar "armas legais" e deixarem de ser "cordeios silenciosos".

06/12/2018
REUTERS/Chris Wattie
06/12/2018 REUTERS/Chris Wattie
Foto: Reuters

A fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações processou o governo dos EUA na véspera, afirmando que uma lei que limita seus negócios no país é inconstitucional, já que Washington tentou contrapor o que considera como uma crescente ameaça da China para a competitividade e segurança econômica dos EUA.

O processo marca mais um distanciamento entre a China e os EUA. Em dezembro, a vice-presidente financeira da Huawei, Meng Wanzhou, foi presa no Canadá, a pedido dos Estados Unidos, e pode sofrer extradição.

Falando em uma entrevista coletiva durante a reunião anual do parlamento na China, Wang disse que ações recentes direcionadas a certas pessoas e empresas são "supressão política deliberada" e que o governo chinês tomará "todas as medidas necessárias" para proteger seus interesses.

"O que devemos proteger hoje não é apenas os direitos e interesses de uma empresa, mas os interesses legítimos de desenvolvimento de um país e de seu povo", disse ele.

Por outro lado, as empresas estrangeiras na China há muito temem falar de condições injustas, preocupadas com a possibilidade de serem alvo de retribuição política e não terem recursos legais devido ao rígido controle dos tribunais exercido pelo Partido Comunista.

A Huawei, uma empresa privada, enfrentou acusações em todo o mundo de que poderia ser usada como braço de inteligência do governo chinês.

A empresa iniciou uma ofensiva legal e de relações públicas quando Washington pressionou seus aliados a abandonarem seus produtos na construção de redes 5G. Os EUA usaram como pretexto uma lei chinesa de 2017 que exige que as empresas cooperem com o trabalho de inteligência nacional.

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