PUBLICIDADE

CFO da Huawei exige divulgação de documentos relacionados à prisão no Canadá

28 jul 2020 - 12h03
Compartilhar
Exibir comentários

Os advogados que representam Meng Wanzhou, da Huawei Technologies, que está lutando contra uma extradição para os Estados Unidos, argumentou em um tribunal canadense na segunda-feira que os documentos confidenciais preparados pela agência de espionagem canadense relativas à sua prisão em dezembro de 2018 devem se tornar públicos.

Vice-presidente financeira da Huawei, Meng Wanzhou indo a tribunal em Vancouver, Canadá.
27/05/2020
REUTERS/Jennifer Gauthier
Vice-presidente financeira da Huawei, Meng Wanzhou indo a tribunal em Vancouver, Canadá. 27/05/2020 REUTERS/Jennifer Gauthier
Foto: Reuters

Os advogados disseram que a segurança nacional não deve limitar a divulgação dos documentos, partes dos quais já foram divulgados durante os processos judiciais em andamento sobre se Meng, vice-presidente financeira da Huawei, deve ser extraditada, mostraram documentos judiciais.

Os advogados de Meng pediram documentos adicionais ao governo canadense referentes à sua prisão, na esperança de apoiar a alegação de que as autoridades canadenses cometeram abusos durante sua prisão. Os advogados estão pressionando por uma suspensão na extradição de Meng.

Meng é acusada pelas autoridades norte-americanas de fraude bancária por enganar o HSBC sobre o relacionamento da Huawei com uma empresa que opera no Irã, colocando o HSBC em risco de multas e penalidades por violar as sanções dos EUA sobre Teerã.

Os documentos em questão estão relacionados às comunicações entre o FBI e o Serviço de Inteligência de Segurança do Canadá (CSIS) e mostram o envolvimento da agência de espionagem canadense na prisão de Meng, que prejudicou os laços diplomáticos entre o Canadá e a China.

Os advogados do procurador-geral do Canadá divulgaram alguns dos documentos solicitados, mas reivindicaram privilégios sobre outros, dizendo que uma divulgação completa e sem edições dos documentos comprometeria a segurança nacional.

"O privilégio de segurança nacional não deve ser usado para encobrir abusos", escreveram os advogados de Meng em uma apresentação descrevendo seus argumentos. "Além disso, o privilégio de segurança nacional não deve ser usado para proteger as autoridades governamentais de ficarem constrangidas."

Uma audiência especial fechada será retomada no tribunal federal na quinta-feira, durante a qual os advogados do governo canadense produzirão os documentos editados, a serem revisados por um representante da equipe jurídica de Meng aprovado pelo tribunal para ajudar a decidir se os documentos devem ser liberados em sua totalidade.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade