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CES 2019: BMW apresenta conceito de motocicleta autônoma

Empresa demonstrou protótipo de moto que se dirige sozinha; alemã, porém, não prevê que motoqueiro ficará alheio à condução, mas pretende gerar sistemas mais seguros

9 jan 2019 - 06h38
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Carros sem motorista podem não estar ainda andando nas estradas do mundo, mas já são um conceito bastante conhecido - a ponto de não assustar muita gente a ideia de que eles poderão chegar às ruas ao longo da próxima década. E por que não pensar em motocicletas autônomas? Foi o que fez a BMW nesta CES 2019, 52a edição da maior feira de tecnologia do mundo, que acontece nesta semana em Las Vegas (EUA).

Calma: a tradicional montadora alemã não está pensando em um futuro em que teremos motoqueiros fantasma rodando pelas cidades, entregando pizzas por aí. "Não é a tecnologia que imaginamos. Acreditamos que, se caminhamos para um mundo de direção autônoma, as motocicletas terão de ter espaço, mas sem que o condutor perca seu papel", diz Mike Peyton, vice presidente para Américas da BMW Motorrad, divisão da alemã de motocicletas. "O que queremos é utilizar o potencial da direção autônoma para fazer das motos veículos mais seguros."

Na prática, isso significa utilizar sistemas de direção autônomos, com direito a sensores, câmeras e comunicação com outros veículos, para ajudar as motos e seus pilotos a fazerem manobras mais suaves, seguras e confortáveis. "Podemos observar a transição entre faixas, o que pode ser útil em uma cidade com trânsito maluco como o de São Paulo", disse Peyton, familiarizado à confusão dos congestionamentos paulistanos.

Para ele, é difícil imaginar um futuro em que um motoqueiro deixe o guidão de lado e apenas admire o visual. "É algo de longo prazo para o desenvolvimento da tecnologia, mas mesmo assim, imagino que por conta de ter apenas duas rodas e ser mais exposta, as motocicletas precisarão sempre de algum nível de atenção de seu condutor."

Ainda é um protótipo: em Las Vegas, a BMW fez pequenas demonstrações, de cerca de 10 minutos, com uma motocicleta sem piloto -- a direção era supervisionada por um engenheiro, usando comandos que, vistos de longe, poderiam passar pelos de um carrinho de controle remoto. A moto, porém, conseguiu atingir velocidade razoável e não demonstrou problemas de equilíbrio -- mesmo sem ter um giroscópio, sensor comum em celulares para medir justamente esse tipo de grandeza. Mesmo assim, impressiona.

*O repórter viajou a convite da Intel

Estadão
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