PUBLICIDADE

CEO do Facebook encara segundo dia de depoimento no Congresso dos EUA

12 abr 2018 - 09h24
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, disse nesta quarta-feira a congressistas dos Estados Unidos que seus próprios dados pessoais foram incluídos na lista de 87 milhões de usuários do Facebook que tiveram suas informações compartilhadas indevidamente com a consultoria política Cambridge Analytica.

Zuckerberg, em depoimento no Congresso dos EUA 11/4/2018 REUTERS/Leah Millis
Zuckerberg, em depoimento no Congresso dos EUA 11/4/2018 REUTERS/Leah Millis
Foto: Reuters

Mas ele rejeitou as sugestões de congressistas de que os usuários não têm controle suficiente de seus dados no Facebook, na esteira do escândalo de privacidade na maior rede social do mundo.

"Toda vez que alguém escolhe compartilhar algo no Facebook ... há um controle. Bem ali. Não enterrado nas configurações em algum lugar, mas bem ali", disse o magnata da internet, de 33 anos, ao Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Deputados EUA.

Mais uma vez vestindo um terno escuro em vez de sua habitual camiseta cinza, a audiência é a segunda de Zuckerberg no Congresso dos EUA em dois dias. Na terça-feira, ele respondeu perguntas por quase cinco horas em uma audiência no Senado dos EUA, mas não fez promessas de apoiar a nova legislação ou mudar a forma como a rede social faz negócios, frustrando as tentativas dos senadores de enquadrá-lo.

Os investidores ficaram impressionados com seu desempenho inicial. As ações do Facebook registraram seu maior ganho diário em quase dois anos, fechando em alta 4,5 por cento na terça-feira.

O Facebook está em turbulência há quase um mês, desde que veio à tona que milhões de informações pessoais de usuários foram colhidas erroneamente do site pela Cambridge Analytica, uma consultoria política que teve a campanha eleitoral do presidente Donald Trump entre seus clientes.

Zuckerberg enfrentou amplas preocupações de membros do Congresso sobre como o Facebook compartilha os dados de usuários.

"Como os consumidores podem controlar seus dados quando o Facebook não tem controle sobre os dados?", perguntou o deputado democrata Frank Pallone de Nova Jersey, que faz parte do Comitê de Energia e Comércio.

A última estimativa é que 87 milhões de usuários foram afetados.

A imagem da rede social já for a abalada entre usuários, anunciantes e investidores depois que a empresa disse no ano passado que a Rússia usou o Facebook durante anos para tentar influenciar a política dos EUA, uma alegação que Moscou nega.

Os parlamentares norte-americanos buscaram garantias de que o Facebook possa efetivamente se policiar, e poucos saíram da audiência de terça-feira expressando confiança na rede social.

"Eu não quero votar para ter que regulamentar o Facebook, mas, por Deus, eu irei", disse o senador republicano John Kennedy a Zuckerberg na terça-feira. "Muito disso depende de você."

Zuckerberg se esquivou dos pedidos para apoiar legislação específica. Pressionado repetidamente pelo senador democrata Ed Markey para endossar uma proposta de lei que exige que as empresas obtenham a permissão das pessoas antes de compartilhar informações pessoais, Zuckerberg concordou em continuar as conversas.

"Em princípio, eu acho que isso faz sentido, e os detalhes importam, e estou ansioso para que nossa equipe trabalhe com vocês para desenvolver isso", disse Zuckerberg.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade