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Celular do Google, Pixel 3 mira na inteligência artificial

Vendido por US$ 799 nos EUA, smartphone Pixel 3 busca prever desejos do usuário

10 out 2018 - 05h11
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Nesta terça-feira, 9, ao lançar uma nova linha de produtos, o Google reforçou sua aposta na inteligência artificial. Em evento realizado em sua sede em Nova York, a empresa apresentou a terceira geração do smartphone Pixel, bem como uma caixa de som conectada com tela, o Home Hub, e um misto de tablet com laptop, o Pixel Slate.

Em comum, os três aparelhos carregam funções que tentam prever os desejos do usuário - seja indicar antecipadamente os aplicativos favoritos, filtrar ligações de telemarketing ou conseguir a foto perfeita em uma viagem ou evento esportivo. "Nossos avanços virão da integração entre hardware, software e inteligência artificial", disse o vice-presidente de dispositivos do Google, Rick Osterloh.

O principal deles, o celular Pixel 3, chegará às lojas dos EUA em 18 de outubro, por preços a partir de US$ 799 - ainda não há previsão para a chegada ao Brasil. Em termos de especificações, o aparelho é bastante semelhante a rivais como o Galaxy S9, da Samsung. "Do ponto de vista do hardware, o Google não inovou", afirma Eduardo Pellanda, professor da PUC-RS.

A diferença está no "cérebro" do aparelho, que traz funções como o Duplex, que permite que o assistente pessoal da empresa, o Google Assistant, converse com pessoas para, por exemplo, fazer uma reserva num restaurante. Outra função vai permitir que o Assistant atenda às chamadas para o usuário, filtrando e evitando ligações indesejadas. "É uma secretária eletrônica 2.0", brinca Pellanda.

A câmera do Pixel 3 também traz a inteligencia artificial como principal ativo. Ao contraário do que fizeram Apple e Samsung, que aumentaram a quantidade de lentes no aparelho, o Google trouxe ferramentas de processamento de imagem para, por exemplo, registrar o "instante decisivo" de uma foto ou melhorar a luz de uma imagem feita à noite.

Competição. Para especialistas ouvidos pelo Estado, o aparelho tem características interessantes, mas serve mais como prova de conceito do que como ameaça às rivais. "Desde sua origem, os celulares do Google são uma baliza do potencial do Android no mercado", diz Renato Franzin, professor da USP.

Na visão dele, o aparelho pode servir como inspiração para outras fabricantes que usam Android, como as coreanas Samsung e LG. Pellanda, da PUC-RS, vai na mesma linha, mas acrescenta que o Google tem dificuldades para produzir os aparelhos em escala global.

Estadão
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