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YouTube estuda novas formas de monetização além dos anúncios

14 nov 2017 - 11h27
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As propagandas ainda são a maior fonte de receita não apenas do YouTube, mas praticamente de toda a internet. Mesmo assim, o serviço está estudando maneiras de estender a monetização para além dos anúncios, com base, principalmente, no apoio da comunidade aos canais e criadores favoritos. O piloto do projeto e também primeiro local de testes, mais uma vez, será a comunidade gamer.

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Foto: Canaltech

Foi lá que o YouTube viu experiências bem-sucedidas acontecendo com métodos de financiamento que vão além das propagandas, como é o caso do Super Chat, uma doação que pode ser feita pelos espectadores em troca de mais destaque para suas mensagens. Além disso, a companhia vê com bons olhos o recém-lançado sistema de assinaturas de canais, que também garante acesso a benefícios especiais aos inscritos.

Agora, entretanto, o desafio é levar tais dinâmicas para fora do mundo das transmissões ao vivo. Apesar de esse caráter ser bastante forte na plataforma, o YouTube aponta que a visualização de vídeos gravados ainda é incrivelmente maior, principalmente quando se expande o escopo para fora do segmento de games. Trabalhar além dos anúncios, aqui, seria uma forma de expandir as opções de financiamento para criadores e, claro, aumentar o faturamento da própria plataforma.

Ao falar sobre o assunto, o diretor do YouTube para o setor de jogos eletrônicos, Ryan Wyatt, não deu muitos detalhes sobre o que, especificamente, está sendo desenvolvido. Por outro lado, disse que a ideia é continuar mantendo aquela que considera uma das principais forças do ecossistema da plataforma: a sinergia entre criadores e espectadores.

Além disso, com as medidas a companhia espera melhorar a relação entre si mesma e os produtores de conteúdo, bastante abalada depois de mudanças no sistema de monetização dos canais, que podem ter sua renda com anúncios reduzida ou suspensa caso abordem determinados temas. Jogos violentos, por exemplo, estão na berlinda, em uma alteração que causou a ira de muitos e até um certo êxodo.

Para abordar o problema, Wyatt explica que a companhia está trabalhando em seu algoritmo para que ele detecte melhor o teor dos vídeos em si, indo além, simplesmente, das tags, títulos e imagens. Por outro lado, lembrou que uma das grandes fontes de renda da companhia ainda são os anunciantes e, justamente por isso, o conteúdo precisa ser interessante o suficiente para aparecer antes ou depois das propagandas. Melhorar a experiência no YouTube, então, passa também por atender a tais questões.

Para acalmar um pouco os ânimos, a empresa também trabalha em melhores maneiras de informar os criadores sobre o que, exatamente, causou a quebra na monetização. Assim, eles ficam conhecendo melhor como o sistema funciona e podem trabalhar seus conteúdos para que isso não se repita no futuro.

Com tudo isso, Wyatt garante que as coisas irão mudar. Ele diz entender que os últimos meses foram frustrantes para quem usa a plataforma como forma de aumentar seus ganhos e deixa claro que a companhia também sabe disso e está trabalhando para garantir um ecossistema satisfatório para todos os envolvidos, do espectador ao anunciante, passando também pelo produtor de conteúdo.

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