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YouTube amplia esforços contra conteúdos extremistas

14 nov 2017 - 09h45
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O YouTube anunciou nesta segunda-feira (13) novos esforços para lutar contra a publicação de conteúdo extremista na plataforma. A Google disse estar trabalhando ao lado de agências de segurança e forças policiais dos Estados Unidos e Reino Unido principalmente para entender quais são os grupos que as autoridades consideram como radicais, para que seus vídeos não sejam mais veiculados no site.

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Foto: Canaltech

A medida marca uma mudança em relação a uma abordagem que vinha sendo adotada desde junho, quando a empresa anunciou pela primeira vez seus esforços contra esse tipo de coisa. Na época, ela havia colocado todo tipo de conteúdo inflamatório ou supremacista, seja ele de cunho religioso ou não, sob um mesmo guarda-chuva, com todos recebendo um alerta a ser exibido antes da primeira reprodução e tendo a monetização impedida, de maneira que seus autores não ganhassem dinheiro com a publicação.

Apesar de a medida ter sido eficaz em impedir o crescimento dessa categoria de audiência no YouTube, a empresa achou que era preciso fazer mais, principalmente porque, aqui, estamos falando sobre terrorismo. A ideia é utilizar a inteligência artificial já em funcionamento, bem como moderação humana e mais atenção ao sistema de denúncias, para impedir que extremistas tenham na plataforma um bom local para disseminar suas ideias, mesmo que ainda encontrem alguns obstáculos no caminho.

O foco é o uso do serviço como uma ferramenta de recrutamento, algo que agências internacionais já apontaram como um dos grandes objetivos da ação destes grupos nas redes sociais. Assim como os clipes com atos de violência ou discursos de ódio, estes também serão bloqueados, com a conta recebendo um strike - no terceiro, o usuário é banido do YouTube.

Entretanto, o maior desafio é criar um sistema automatizado que saiba diferenciar entre vídeos dessa categoria e aqueles focados na informação. Noticiários, documentários e outros conteúdos podem, muitas vezes, trazer as mesmas imagens que uma publicação voltada para recrutamento ou que contenha conteúdo inflamatório. Sobre isso, porém, o YouTube não se pronunciou.

Os esforços renovados surgem após uma série de questões que vieram a tona nos últimos meses. A mais importante delas, claro, é a noção de que grupos extremistas ainda usam o YouTube como local para manifestar suas ideias, devido ao alcance e facilidade de acesso. Além disso, deve-se levar em conta o incremento do algoritmo de inteligência artificial, que passou a ser mais focado na batalha contra esse tipo de conteúdo, mas, no processo, acabou tirando do ar também vídeos e canais pertencentes a organizações que atuam, por exemplo, na Síria ou em outras áreas de conflito.

O objetivo final, de acordo com a Google, é criar um ambiente seguro para todos e dificultar a vida e a formação de audiência dos extremistas. Balancear seus sistemas automáticos, de forma a identificar tais publicações no momento em que elas acontecem, já representa um grande passo nesse sentido.

Canaltech Canaltech
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