PUBLICIDADE

Vendedores do Mercado Livre enfrentam dificuldades de envio pelos Correios

13 mar 2018 - 10h27
(atualizado às 10h42)
Compartilhar
Exibir comentários

Vendedores que utilizam o Mercado Livre encontraram diversas dificuldades para enviar seus produtos ao longo de toda esta segunda-feira (12). De acordo com o marketplace, uma atualização nos sistemas da estatal dificultou a utilização das etiquetas geradas automaticamente pelo site de vendas, impedindo que comerciantes enviassem seus produtos por meio das agências de todo o país.

Mercado Livre
Mercado Livre
Foto: Mercado Livre / Canaltech

Os relatos são desconexos, mas, nas redes sociais, apontam para falhas que começaram logo no início da operação dos Correios, pela manhã, e duraram até meados da tarde. O problema aconteceu no processamento de etiquetas pela empresa de envios, com a geração de remessas e fretes por meio da plataforma do Mercado Livre permanecendo em operação normal durante todo o dia.

O sistema de geração automática de etiquetas é um dos principais recursos da plataforma para garantir a segurança de suas transações. Por meio do chamado Mercado Pago, usuários podem pagar o frete diretamente no cartão, enquanto vendedores não precisam realizar o preenchimento de pacotes ou pagamentos em espécie aos Correios. Eles, entretanto, somente recebem quando o pacote chega ao destino, com a indisponibilidade dos sistemas significando um atraso no pagamento.

Em comunicado oficial, os Correios afirmaram apenas que o sistema de algumas agências apresentou uma instabilidade temporária nesta segunda-feira (12), um problema resolvido em algumas horas. A estatal também informa que os serviços já estão funcionando normalmente, mas não comenta o impacto da recém-iniciada paralisação de seus funcionários sobre o processo de remessa de mercadorias.

O marketplace evitou entrar nestes temas, mas em palavras enviadas à imprensa e também em resposta a seus usuários por meio do Twitter, deixou de lado a hipótese de que os problemas estariam relacionado à greve dos trabalhadores dos Correios, também iniciada nesta segunda, ou aos atritos entre as duas empresas, que nas últimas duas semanas vêm brigando publicamente devido a aumentos nos preços das tarifas e envios para todo o Brasil.

No final de fevereiro, o Mercado Livre iniciou a campanha #FreteAbusivoNão, contra um aumento médio de mais de 50% nos preços dos envios, que, de acordo com a empresa, impactaria diretamente nas vendas de comerciantes pequenos. A empresa incentivou seus clientes a usarem a hashtag nas redes sociais e até mesmo escrevê-las nos pacotes enviados pelos Correios como forma de se posicionar contra um reajuste muito acima do valor da inflação.

Os Correios se posicionaram contra as informações ventiladas pelo Mercado Livre, afirmando, em comunicado, que o aumento médio seria de 8% nas principais capitais, onde estão concentradas a maioria das postagens realizadas pelo serviço. Além disso, negou que o reajuste se aplique apenas aos serviços de comércio eletrônico, além de chamar de tendenciosa a comparação do Brasil com países vizinhos, com extensão territorial bem diferente.

Independentemente da discussão pública, na última semana o serviço de e-commerce obteve uma liminar que suspende o aumento para todos os seus clientes, impedindo não apenas a subida nos preços, mas também a cobrança de uma taxa extra, no valor de R$ 3, para envios feitos ao Rio de Janeiro. A justificativa aqui, de acordo com os Correios, seria garantir a segurança de encomendas e funcionários, com o pagamento sendo suspenso assim que a situação na capital voltasse à normalidade.

Esta terça-feira (13) parece ter começado sem novos problemas nas agências, com o envio de produtos cujas etiquetas foram emitidas pelo Mercado Livre acontecendo sem problemas.

Canaltech Canaltech
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade