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Valor das bitcoins volta a cair diante de mudanças no mercado indiano

1 fev 2018 - 12h29
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A calma durou pouco para os entusiastas das moedas virtuais. Quando parecia que o mercado estava se recuperando das notícias negativas divulgadas no início da semana, uma nova baforada de negatividade, desta vez direto da Índia, levou as bitcoins a serem negociadas a um valor abaixo da linha dos US$ 10 mil, com uma baixa acumulada de mais de 9% nesta quinta (01).

Bitcoins
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Foto: público / Canaltech

Junto com elas, praticamente todas as principais moedas virtuais do mercado apresentam retração no momento em que esta reportagem é escrita. A única exceção é a ethereum, que é negociada com uma sensível alta de 1,3%, enquanto a stellar e a cardano são as que mais sofrem, com baixas de mais de 16%. Ripple, bitcoin cash, NEO, EOS e NEM têm retrações que variam de 11% a 13%.

As más notícias, mais uma vez, vêm direto da Ásia. O ministro da economia da Índia, Arun Jaitley, afirmou durante um discurso que o governo não reconhece as criptomoedas como uma categoria financeira legítima e, sendo assim, vai tomar medidas para eliminar sua utilização para fins de evasão de divisas, sonegação de impostos e outras atividades criminosas, como lavagem de dinheiro e golpes online.

Por mais que a declaração tenha a ver, diretamente, com atividades fora da lei, o terror, novamente, vem acompanhado de indícios de um possível banimento. A Índia não é necessariamente um dos países mais ativos na negociação das moedas virtuais, mas o tamanho de sua população torna este um mercado extremamente importante para a ascensão e popularização da modalidade. Por mais que uma proibição ainda não tenha sido anunciada, a noção geral é de que ela está a caminho.

Onda negativa

A informação se une à onda de negatividade vinda da Coreia do Sul, que nesta semana começou a aplicar novas regras com relação à compra, venda e investimentos com criptomoedas. Desde esta quarta-feira (31), todos os usuários dessa categoria financeira estão obrigados a ligarem suas carteiras virtuais às contas bancárias reais, além de apresentarem documentação oficial para realizar negociações, da mesma forma que acontece em qualquer operação de câmbio.

Além disso, na medida que mais machucou o mercado, investidores internacionais tiveram acesso proibido ao mercado sul-coreano. Trata-se de uma medida para conter a especulação financeira, uma vez que o país tem uma das economias mais fortes quando o assunto são as criptomoedas, o que faz com que o valor, por lá, seja maior do que no restante do mundo.

Ainda, o Facebook anunciou nesta semana que não vai mais permitir publicidade relacionada às moedas virtuais, seja em forma de anúncios comuns ou posts patrocinados. Páginas, textos e postagens relacionadas a esse setor ainda são permitidas na rede social, mas não poderão mais ser promovidos como forma de impedir a propagação de golpes financeiros.

Ontem, as bitcoins já haviam operado, por algumas horas, abaixo do chamado "nível de suporte", a mítica barreira dos US$ 10 mil obtida no fim do ano passado. A recuperação foi rápida, mas agora parece mais difícil de ser revertida, com muitos analistas já esperando uma estabilização não acima desse valor, mas sim nas proximidades dos US$ 9 mil, o que a torna mais suscetível a perda de valor no caso de novas instabilidades.

Canaltech Canaltech
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