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Uber pagou US$ 100 mil para que hackers ficassem em silêncio sobre ataque

22 nov 2017 - 09h18
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A Uber acobertou, no ano passado, uma grave invasão que deixou dados de seus usuários expostos. A própria companhia comentou sobre o caso, que só agora foi divulgado, afirmando que chegou a pagar US$ 100 mil aos hackers para que a situação fosse abafada.

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Foto: Notícias ao Minuto / Canaltech

Ainda de acordo com a empresa, mais de 57 milhões de contas ficaram vulneráveis. Como consequência do problema, dois funcionários foram demitidos, segundo declaração de Dara Khosrowshahi, CEO do Uber, no blog oficial.

"Nada disso deveria ter acontecido, e eu não vou criar desculpas para isso. Enquanto eu não posso apagar o passado, eu posso me comprometer por cada funcionário da Uber que nós vamos aprender com nossos erros", disse o presidente executivo, que também revelou que só ficou sabendo da invasão agora.

O ataque aconteceu no dia 26 de outubro de 2016.

Entre as informações expostas estavam nomes, endereços de e-mail, contas bancárias e números de telefone de passageiros de todo o mundo. Além disso, nos Estados Unidos, 600 mil motoristas tiveram seus nomes e números de licença divulgados.

A notícia do ataque hacker só piora a imagem da empresa. Nos últimos anos, a Uber vem enfrentando problemas relacionados a assédios e abusos sexuais, e colecionando processos. Porém, Khosrowshahi finaliza o seu relato dizendo que a companhia está mudando a forma como seus negócios são feitos, priorizando a integridade de cada decisão feita e investindo para ganhar a confiança de seus usuários.

Apesar de o problema ter ocorrido na mesma época em que Travis Kalanick, fundador e ex-CEO da companhia, estava no comando, ele afirma não ter envolvimento com a negociação. Foram responsabilizados pelo ataque o diretor de segurança, Joe Sullivan, e o seu vice, Craig Clark.

O caso está sendo investigado.

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