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Uber e Waymo chegam a acordo após cinco dias de tribunal

9 fev 2018 - 17h20
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Depois de cinco dias de julgamento, a Waymo e a Uber chegaram a um acordo. O caso foi dado como encerrado, e a empresa de serviços de corrida irá pagar à integrante da Alphabet aproximadamente 0,34 por cento de seu patrimônio (US$ 72 bilhões) - isto é: aproximadamente US$ 245 milhões. Além disso, foi resolvido que a Uber deve trabalhar junto com a Waymo, a fim de garantir que a empresa não use nenhuma tecnologia ou pesquisa em suas empreitadas com supostos carros autônomos.

Uber x Waymo
Uber x Waymo
Foto: Reprodução / Canaltech

Em seu discurso, um representante da Waymo afirmou que a empresa está empenhada em trabalhar com a Uber de forma a garantir que a empresa desenvolva sua própria tecnologia. "Isso inclui um acordo para garantir que qualquer informação confidencial da Waymo não esteja sendo incorporada no hardware e no software do Uber Advanced Technologies Group", ele comenta.

A companhia de direção independente ainda complementa: "Nós sempre acreditamos que a concorrência deve ser alimentada pela inovação nos laboratórios e nas estradas e estamos ansiosos para trazer automóveis completamente autônomos para o mundo".

Em contrapartida, o atual CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, declarou que sua empresa não usou os segredos comerciais da Waymo, e tampouco informações de propriedade da Alphabet foram utilizadas em sua tecnologia de direção autônoma. Ainda assim, o executivo reconhece que a aquisição que serviu como pontapé para este processo "poderia e deveria ter sido tratada de forma diferente".

"Meu trabalho como CEO da Uber é definir o curso para o futuro da empresa: inovar e crescer de forma responsável, bem como reconhecer e corrigir erros do passado. Por conta disso, quero manifestar meu lamento pelas ações que me fizeram escrever essa carta", afirma Khosrowshahi.

Na ocasião, o tribunal analisava as acusações contra a Uber de roubo propriedade intelectual, uma vez que a companhia de corridas adquiriu a Otto em 2016, empresa fundada por Anthony Levandowski, um ex-funcionário do setor de carros autônomos que trabalhava para a Alphabet.

A subsidiária da Google por sua vez, argumentava que Levandowski havia levado cerca de 10 GB de dados técnicos e segredos comerciais proprietários quando deixou a Waymo, incluindo plantas, arquivos de design de projetos e documentação técnica.

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