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Twitch estaria sendo afetado por bloqueios na Rússia

24 abr 2018 - 11h26
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Na última semana, o governo russo começou o já anunciado bloqueio do Telegram, depois que o aplicativo de mensagens se recusou a entregar dados de seus usuários. O problema é que, como dano colateral, outros serviços online também acabaram sendo retirados do ar, sendo o Twitch o principal deles.

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Foto: Divulgação / Canaltech

Desde a última quinta-feira (18), se acumulam os relatos de impedimentos no acesso à plataforma de streaming tanto por criadores de conteúdo quanto por espectadores. Em todos os casos, os usuários encontram o código de erro 2000, que indica, efetivamente, um bloqueio tanto por meio de softwares locais, como antivírus ou firewalls, quanto geral, a partir de servidores ou acesso.

É justamente nessa segunda característica que está o problema. De forma a impedir o acesso ao Telegram, o governo russo está impedindo o acesso dos usuários a determinadas portas e endereços relacionados aos serviços de cloud computing da Google e Amazon - justamente a dona do Twitch. Sendo assim, a plataforma de streaming e outros serviços estariam caindo como dano colateral do impedimento.

As informações indicam intermitência, na medida em que banimentos são aplicados e, diante da notícia de que mais do que apenas o Telegram foi bloqueado, o trabalho continua para que tudo volte ao normal. Os relatos de dificuldades no acesso, porém, parecem estar mais concentrados na região oeste da Rússia, principalmente em suas maiores cidades, como São Petesburgo, Ufa, Tyumen e a capital Moscou.

Em alguns casos, apenas o acesso a vídeos é atingido, enquanto em outros os usuários conseguem ver os streamings mas não o chat. Em uma terceira instância, a mais grave de todas, produtores de conteúdo acabaram impedidos de realizarem transmissões ao vivo por meio da plataforma, estando completamente de mãos atadas até que o problema seja resolvido - se é que isso vai acontecer de forma completa.

Os usuários também têm encontrado dificuldades no acesso a outras plataformas da Amazon, como a própria loja online ou o Prime Video. Além disso, a Google também confirmou que alguns de seus recursos, como e-mail, buscas ou notificações no sistema operacional Android, também podem sofrer reflexos dos bloqueios relacionados ao Telegram por estarem localizados nas mesmas infraestruturas online.

O bloqueio do Telegram foi autorizado no início do mês depois que a empresa se recusou a entregar dados confidenciais de seus usuários, compartilhar mensagens trocadas entre eles ou abrir portas de entrada para uso governamental. É o segundo embate entre o fundador da companhia, Pavel Durov, e o Kremlin. No passado, o executivo abriu mão da gerência do VK, uma das principais redes sociais em operação na Rússia, depois de ser intimado a retirar páginas de dissidentes e entregar informações sobre eles.

Canaltech Canaltech
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