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Telegram já está parcialmente bloqueado na Rússia e usuários apelam para VPN

16 abr 2018 - 14h57
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Demorou menos do que pensávamos, mas o Telegram já está parcialmente bloqueado na Rússia. Como anunciado pelo próprio mensageiro para alguns usuários do aplicativo Beta, a Roskomnadzor (órgão regulador equivalente à nossa Anatel) já emitiu avisos aos provedores de internet do país para que impeçam o tráfego de internet para o mensageiro. Algumas provedoras já acataram o pedido, que acabou afetando também a Bielorrússia.

Indo além, a Roskomnadzor também solicitou que a retirada do aplicativo da Play Store e da App Store, lojas dos sistemas operacionais Android e iOS, respectivamente. Por enquanto, a única forma de transpor o bloqueio e utilizar o serviço é através de uma VPN (sigla para virtual private network, ou rede privada virtual), técnica que mascara a sua conexão e faz parecer que você está acessando a plataforma através de outro país.

Comunicado do Telegram (Captura: Canaltech)
Comunicado do Telegram (Captura: Canaltech)
Foto: Canaltech

Pavel Durov, CEO do Telegram, criticou abertamente a decisão do governo russo e deixou bem claro que vai lutar contra tal bloqueio. "O Telegram vai usar métodos internos para transpor o bloqueio que não requerem passos adicionais dos usuários, mas a companhia não pode dar 100% de garantias da disponibilidade do serviço sem uma VPN", explicou o executivo. "VPNs e proxies de terceiros podem ficar sobrecarregados, o que provavelmente vai resultar em uma operação lenta nas primeiras horas após o bloqueio", conclui.

Foto: Canaltech

A briga entre o mensageiro e o governo russo começou no fim de maio, quando o aplicativo perdeu uma apelação na Suprema Corte da Rússia e foi condenado a entregar suas chaves criptográficas para o Serviço de Segurança Federal (FSB, no idioma original), agência equivalente ao norte-americano FBI. As autoridades acusam o mensageiro de servir como um abrigo seguro para que terroristas e criminosos compartilhem informações fora do alcance dos agentes da lei.

Naturalmente, o Telegram se recusou a abrir sua tecnologia, e tal afronta não foi bem aceita pelos órgãos governamentais, que resolveram adotar uma medida drástica. Visto que o app também era usado pelas próprias autoridades para se comunicar entre si e indivíduos externos, a FSB anunciou que trocará a plataforma pelo ICQ, que agora pertence ao Mail.ru, um provedor de e-mail local.

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