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No dia Mundial de Combate ao Bullying, conscientize-se contra essa prática

20 out 2017 - 09h40
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O dia 20 de outubro marca o Dia Mundial de Combate ao Bullying, prática cometida e sofrida especialmente por crianças e jovens. Mas não pense que as pessoas adultas estão isentas disso. Segundo a UNICEF, um em cada três jovens entre 13 e 15 anos de idade é vítima de bullying na escola em todo o mundo, mas uma pesquisa conduzida pela Robert Half revela que 13% dos funcionários dos Estados Unidos chegam a pedir demissão após serem vítima de bullying no ambiente corporativo.

bullying
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Foto: Canaltech

O que é bullying

Brincadeirinhas de gosto duvidoso, apelidos indesejados e comentários sobre a aparência física do indivíduo podem ser caracterizados como bullying, já que, por definição, o termo significa atos de violência física ou psicológica intencionais e repetitivos, praticados por uma pessoa ou por um grupo de indivíduos contra alguém, o que causa dores e angústias.

No idioma inglês, bullying vem do verbo "bully", que significa "machucar ou ameaçar alguém mais fraco". Mas o termo com esta definição somente foi proposto pelo pesquisador sueco Dan Olweus após o Massacre de Columbine, que aconteceu nos Estados Unidos em 1999, em que dois alunos mataram 12 colegas e um professor, além de ferirem outras 21 pessoas. A dupla, que cometeu suicídio após o massacre, chegou a documentar em diários pessoais que sofriam perseguições constantes no ambiente escolar.

Visando destruir a autoestima da vítima, o praticante de bullying muitas vezes também é vítima. Acredita-se que cerca de 20% dos bullies agem dessa maneira porque, sofrendo tais perseguições, decidem praticá-las contra outros, mais vulneráveis, já que não acreditam terem a capacidade de combater seus agressores. E o problema se agrava pois, humilhadas, as vítimas não costumam relatar o problema a pais e professores.

Bullying virtual

Além de instituições de ensino, o bullying também é comumente praticado na internet. O chamado bullying virtual, ou cyberbullying, é favorecido pelo anonimato que a internet proporciona. As redes sociais e aplicativos de mensagens são os meios favoritos para a prática do cyberbullying na atualidade, mas o problema é generalizado: acontece em praticamente qualquer plataforma.

Insultos, campanhas vexatórias, vazamento de imagens constrangedoras e desrespeito à ética fazem parte do bullying virtual, em que a vítima recebe ameaças e xingamentos. E, mais uma vez, as principais vítimas são crianças e adolescentes, sendo que o problema é agravado na rede pelo fato de que milhares de pessoas podem ter acesso àquelas ofensas dentro de alguns segundos, aumentando ainda mais a humilhação.

Bullying no ambiente de trabalho

Conforme mencionamos no início deste texto, apesar de o bullying acontecer com mais intensidade em ambientes escolares e na internet, no mundo adulto a prática também é um problema. Segundo a pesquisa da Robert Half, nos EUA 35% dos trabalhadores entrevistados já foram vítima de algum tipo de assédio.

O estudo revela, também, que 32% das vítimas de bullying corporativo que acabaram decidindo permanecer na empresa optaram por confrontar o agressor, sendo que 27% reportou o problema à gerência de suas áreas, enquanto 17% não fizeram nada para se defender. Já entre os gestores, 62% deles notaram algum caso de bullying acontecendo na empresa.

Vale frisar que, ao receber uma denúncia envolvendo bullying, o primeiro passo que a empresa deve dar é entender o cenário em que a situação está acontecendo, ouvindo as partes envolvidas de maneira franca e apontando os caminhos para que o caso não se repita. Também é recomendado abordar o tema abertamente, deixando claras as políticas da empresa em relação ao bullying, bem como enaltecer as possíveis punições que o agressor pode sofrer, além de prestar o devido apoio às vítimas.

Canaltech Canaltech
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