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Mercado de games vem crescendo em todo o Brasil, revela pesquisa

29 jun 2018 - 18h10
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Uma pesquisa realizada pela empresa Homo Ludens revela que o mercado de jogos apresentou crescimento nas cinco regiões do país, entre os anos de 2013 a 2018. Segundo dados do 2° Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, o número de estúdios desenvolvedores da games passou de 142 para 375 no período. 

Mercado games Brasil
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Foto: Reprodução/Ministério da Cultura / Canaltech

Entre o dia 3 de maio e 13 de junho deste ano, as 375 desenvolvedoras foram ouvidas, além de 85 empresas apoiadoras e 235 profissionais autônomos. A pesquisa concluiu que, nos últimos dois anos, 1718 jogos foram produzidos no Brasil, sendo 43% deles desenvolvidos para dispositivos móveis, 24% para computadores, 10% para plataformas de realidade virtual e aumentada e 5% para consoles. Ao todo, 874 são classificados como jogos educativos e 785 para o entretenimento.

O objetivo da pesquisa, segundo Sérgio Sá Leitão, ministro da cultura, é subsidiar políticas públicas voltadas ao setor de games. "Este levantamento é fundamental para que tenhamos uma compreensão maior do mercado de games no Brasil. Isso nos permitirá desenvolver políticas de fomento e apoio voltadas para as necessidades deste setor, que tem um imenso potencial de crescimento", conta.

Diversidade

O estudo ainda revelou detalhes sobre o crescimento do mercado de games pelas categorias região, gênero e raça. De 2013 a 2018, o número de estúdios de jogos apresentou aumento em todas as regiões, com o Norte passando de duas produtoras para 10, Sudeste de 77 a 196, Nordeste de 20 para 61, Centro-Oeste de 8 para 31 e Sul de 35 para 77.

Em relação ao gênero, o ambiente de trabalho na indústria dos games ainda é predominantemente masculino, apesar do crescimento no número de mulheres que triplicou nos últimos cinco anos, representando 20,7% dos profissionais. Pessoas trans, no entanto, são representadas apenas por 12 funcionários. Sobre a questão racial, somente 273 são negros, 24 são indígenas e apenas 8 contam com mulheres negras como sócias.

O censo ainda mostra que 34,6% dos estúdios foram criados a partir da identificação de oportunidade de negócio, 32% da junção de pessoas que trabalhavam em uma mesma empresa ou de forma informal, e 32,5% surgiram com base no desenvolvimento de um projeto de jogo.

Estratégias e resultados

Segundo o censo, cerca de 47% das empresas contam com material de divulgação em inglês e 43% desenvolvem jogos em outro idioma. Em relação ao conhecimento dos funcionários, 63,3% são bilingues. 

Sobre as iniciativas do governo em fortalecer o mercado, apenas 45,5% das empresas conhecem e utilizam os benefícios, enquanto cerca de 30% conhecem as ações, mas não fazem o seu uso. Aproximadamente 18,2 % dos estúdios assumem não ter amplo conhecimento sobre o assunto, mas 52% afirmam que têm a intenção de participar dos programas.

Ainda de acordo com a pesquisa, 71,2% das empresas brasileiras faturam até R$ 81 mil, mas apenas 0,3% contam com receita acima de R$ 100 milhõs ao ano. Na categoria exportação, 46% dos estúdios nacionais não têm relação com outros países, enquanto 29,6% afirmam ter clientes no exterior. 34,6% do lucro das produtos são originados da venda de jogos e 17,5% acontece pela venda dentro dos games.

As informações foram divulgadas no evento BIG Festival, que está acontecendo esta semana em São Paulo e conta com cobertura do Canaltech.

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