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Irã restringe o uso do Telegram e do Instagram para evitar conflitos sociais

2 jan 2018 - 16h42
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Após enfrentar levantes da população contra o governo, o Irã decidiu restringir o uso do Telegram e do Instagram no país. O intuito é dificultar a organização de grupos de manifestantes para tentar manter a paz.

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Foto: divulgação / Canaltech

O ministro iraniano Mohammad-Javad Azari Jahromi respondeu ao tweet do fundador do Telegram, Pavel Durov, explicando que a plataforma de comunicação estaria violando seus próprios termos de uso ao permitir que grupos de manifestantes iranianos encorajem que a população aja de forma agressiva contra as autoridades policiais do país, como pode ser visto abaixo:

Além disso, os administradores de canais com mais de cinco mil membros no Telegram devem se apresentar no Ministério da Cultura e Orientação Islâmica para ter seus dados colhidos através de um cadastro. Aqueles que se recusarem a proceder o cadastro podem ser acusados de desobediência civil. Os que se permitirem cadastrar podem ser presos, a depender do conteúdo postado em seus canais.

Pavel Durov, entretanto, não concorda com o bloqueio e recusou-se a fechar os canais por entender que o conteúdo postado não viola as condutas de uso do Telegram e não apresenta violência:

Edward Snowden, que sempre comenta ações de censura de grande porte como a que o Irã está fazendo, explicou que o Telegram, com seus mais de 40 milhões de usuários iranianos por mês, é de grande importância no país, sendo um veículo de notícias e informações em geral para a população iraniana: 

Até o momento da publicação dessa matéria, não havia um posicionamento público por parte do Instagram sobre os bloqueios.

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