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Ex-CEO da Uber se prepara para testemunhar contra sua antiga empresa

6 fev 2018 - 16h42
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Uma nuvem escura parece rondar a Uber nos últimos tempos. Não bastassem os diferentes escândalos envolvendo a empresa ao longo do último ano como, por exemplo, as denúncias de machismo e as acusações de espionagem, no Brasil, a companhia de corridas também pediu o prazo de 15 dias nesta segunda-feira (5) para responder pelo vazamento de dados de 196 mil usuários em território nacional.

Travis Kalanick
Travis Kalanick
Foto: Reprodução / Canaltech

Agora, Travis Kalanick, ex-CEO da Uber é esperado para testemunhar em uma corte federal de São Francisco nesta terça-feira (6), onde responderá a algumas perguntas a respeito da aquisição de uma startup de veículos autônomos, pertencentes a um antigo engenheiro da Google, Anthony Levandowski.

A história já vem se desenrolando há algum tempo, e parece ter engrossado quando a Waymo alegou que a Uber havia roubado sua tecnologia para desenvolver um projeto próprio. Segundo a companhia, Levandowski saiu da empresa para conspirar com a plataforma de corridas, e vendeu a eles a Otto, sua startup de direção automática. Com a aquisição, a Uber levou junto segredos industriais e parte de sua equipe.

Hoje é o segundo dia de julgamento da Waymo contra a Uber, e Kalanick provavelmente será questionado a respeito de seu relacionamento contra o acusado Levandowski. Os advogados da empresa de corridas, entretanto, devem tentar provar que o ex-CEO não encorajou o ex-engenheiro a roubar as informações, tampouco implementar qualquer tecnologia em seu projeto próprio de carros autônomos.

A tecnologia em questão, a LIDAR, foi desenvolvida pela Waymo, e no primeiro dia de julgamento, o advogado de defesa da Uber, Bill Carmody argumentou que não havia conspiração da companhia de transporte para roubar a propriedade intelectual. Em contrapartida, o advogado Charles Verhoeven se empenhou em mostrar a Uber como uma empresa sem escrúpulos.

A lista de pessoas que a Waymo pode convocar para depor segue incluindo seu vice-presidente de engenharia Dmitri Dolgov e seu engenheiro de hardware William Grossman; além do Gary Brown, um analista forense do Google que examinou o computador de Levandowski. O tribunal ainda receberá vídeos com depoimentos de John Bares, ex-chefe do Grupo de Tecnologias Avançadas da Uber, e Brian McClendon, ex-vice-presidente de engenharia da empresa de corridas.

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