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Contas do Neon serão operadas pelo Banco Votorantim

7 mai 2018 - 13h13
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O Banco Votorantim anunciou que vai assumir as movimentações de contas e serviços de custódia da Neon Pagamentos. A notícia foi divulgada nesta segunda-feira (7) em nota emitida pela instituição, que se comprometeu a restabelecer as operações da fintech o mais rápido possível e de maneira integral.

Neon
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Foto: Canaltech

O anúncio vem apenas poucos dias depois de uma liquidação extrajudicial do Banco Neon, parceria de serviços da fintech, ordenada pelo Banco Central. A notícia caiu como uma bomba na última sexta-feira (4) e motivou a suspensão imediata de todos os serviços da empresa, bem como o bloqueio de contas correntes, recargas e emissões de novos cartões pré-pagos.

Agora, porém, a ideia é que tudo volte à normalidade em poucos dias. No momento em que esta reportagem é escrita, uma página de status disponibilizada pela Neon Pagamentos indicava que serviços como saques em Caixa 24 Horas, ativações de cartões e consultas de saldos pelo aplicativo estavam em operação, assim como compras no débito. Por outro lado, aquisições no crédito, transferências, depósitos e pagamentos estavam fora do ar.

Pelo Twitter, a Neon Pagamentos comemorou a nova parceria, que veio após um final de semana bastante turbulento. A fintech disse que não poderia ter encontrado "melhor parceiro" para continuar suas operações, chamando o Banco Votorantim de "instituição sólida, ágil e em plena transformação digital".

Em nota, a instituição também comemorou a parceria com a Neon. O Votorantim acredita que a união será um passo importante em sua diversificação de negócios. Após o restabelecimento de todas as operações, as empresas afirmam que seguirão trabalhando juntas em novos serviços e produtos para os clientes.

A parceria deve extinguir um dos maiores medos dos correntistas, que, após a ordem emitida pelo Banco Central, dependiam do Fundo Garantidor de Créditos para serem ressarcidos dos valores que possuíam no Neon. Agora, porém, a ideia é que as contas sejam reativadas e retomem, nos próximos dias, seu funcionamento normal, bem como cartões pré-pagos e serviços de crédito.

A liquidação extrajudicial foi ordenada pelo Bacen na última sexta (4) após serem encontradas diversas irregularidades em sua operação, como patrimônio líquido negativo e violações a normas da Comissão de Valores Mobiliários voltadas para, entre outras coisas, impedirem a lavagem de dinheiro.

Essa salada de nomes semelhantes gerou bastante confusão e pânico entre os correntistas, que do dia para a noite se viram sem acesso ao dinheiro de suas poupanças e contas-correntes. A instituição bloqueada pelo Bacen é o Banco Neon, que era usado pela Neon Pagamentos como parceira para realização de suas operações. A investigação federal não encontrou nenhuma irregularidade na fintech.

A empresa liquidada era chamada originalmente de Banco Pottencial, tendo assumido a nomenclatura atual após a parceria com a companhia de serviços digitais. No final de semana, os responsáveis por ela esclareceram que o Banco Neon tem os financiamentos como sua atuação principal, com menos de mil contas que não estão relacionadas à operação da fintech. Além disso, o Banco Neon possui parcela minoritária na Neon Pagamentos, tendo sido investidora-anjo da startup, mas sem direito a voto.

A má notícia da liquidação extrajudicial veio apenas um dia depois do anúncio de um aporte de R$ 72 milhões, oriundo de fundos de venture capital, que seria usado na ampliação dos serviços da Neon Pagamentos e de sua carteira de clientes. O investimento, novamente, não será afetado pela liquidação extrajudicial ordenada pelo Banco Central à parceira de operações.

Canaltech Canaltech
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