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Briga por buscador padrão no Firefox leva Yahoo e Mozilla a se processarem

6 dez 2017 - 14h48
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Para uma empresa que possui um browser, ter um acordo com uma ferramenta de busca é essencial para sua vida financeira. Afinal, é um dinheiro que entra para deixar um determinado mecanismo de pesquisa como padrão.

Mozilla Firefox
Mozilla Firefox
Foto: Canaltech

No caso da Mozilla, o acordo assinado com o motor de busca do Yahoo gerava US$ 300 milhões por ano, que respondem por cerca de 90% de sua receita desde 2014, quando o contrato foi firmado.

Mas a relação entre as duas empresas não está terminando bem e isso movimenta o mercado de tecnologia, que está de olho na brecha que se abriu no navegador da Mozilla.

A empresa criadora do Firefox, além de ter optado pelo Google como mecanismo de pesquisa principal, rompeu a parceria com o Yahoo sob a alegação de que não está recebendo por deixar o motor de busca como padrão. O Yahoo não gostou e reagiu. Resultado: cada companhia está processando a outra.

Encerramento ilegal

Mozilla e Yahoo tinham um acordo que valeria até 2019. Por isso, a Oath — empresa criada pela Verizon quando fundiu Yahoo e Aol — entrou com um processo, alegando que o acordo foi encerrado de forma ilegal.

Já a Mozilla foi rápida em se movimentar no mercado e fechou com o Google até 2019.

A briga está nas entrelinhas do contrato. A Mozilla afirma que sua decisão estava prevista no contrato e que uma cláusula determina que o Yahoo deve continuar a pagar até o fim do contrato, mesmo que não seja mais o buscador padrão.

Confusão da CEO

A confusão teria sido causada pela ex-CEO do Yahoo Marissa Mayer. Para afastar o Firefox do Google, ela assinou um contrato sem precedente no mercado, dando ao parceiro o controle de romper caso não receba serviços satisfatórios.

Ela certamente esperava que isso nunca fosse acontecer, e é isso que a Oath reuniu na sua alegação. Para a proprietária do Yahoo, o acordo não faz parte da visão atual da empresa.

Já a Mozilla quer que o Yahoo continue fazendo seus pagamentos anuais, mesmo que não seja o navegador de busca padrão do Firefox, como determinaria o contrato.

E, por sua vez, o Yahoo diz que não deveria pagar por avaliar que o ex-parceiro não está jogando de forma limpa.

Canaltech Canaltech
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