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Anatel já bloqueou 37 mil celulares piratas em Goiás e no Distrito Federal

18 mai 2018 - 12h33
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Mais de 37 mil celulares piratas já foram bloqueados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), quando entrou em vigor uma medida que impede o funcionamento de aparelhos irregulares nas redes das operadoras. Os números são relativos aos estados de Goiás e Distrito Federal, os únicos em que a medida restritiva está sendo aplicada até o momento.

Celulares falsificados
Celulares falsificados
Foto: Daily Mail / Canaltech

A revelação foi feita por Juarez Quadros, presidente da agência. Segundo ele, somente no primeiro dia dos bloqueios, 9 de maio, 2,3 mil smartphones foram impedidos de funcionar. O restante veio posteriormente, após 22 de fevereiro, quando a Anatel começou a notificar usuários sobre a utilização de dispositivos falsificados e sua iminente proibição.

O sistema utiliza o IMEI, um número de registro único para cada aparelho, para realizar o bloqueio ou validação. É justamente essa espécie de identidade que falta a dispositivos falsificados, normalmente fabricados na China com o intuito de emularem a experiência e aparência de modelos de ponta. A semelhança, entretanto, para por aí. Tais dispositivos têm hardware precário e de baixa qualidade, além de sistemas operacionais pouco funcionais e com alterações que apenas imitam as versões legítimas.

Por enquanto, o bloqueio está ativo somente nos estados citados e apenas para aparelhos que ingressaram nas redes das operadoras a partir de 22 de fevereiro. Dispositivos em funcionamento antes dessa data não serão bloqueados e o mesmo vale para outras regiões, cujo calendário de aplicação das novas medidas é o seguinte:

  • São Paulo, Acre, Rondônia, Tocantins e regiões Sul e Centro-Oeste: notificações a partir de 23 de setembro de 2018, com bloqueios iniciados em 8 de dezembro de 2018;
  • Regiões Nordeste, Norte e Sudeste: notificações a partir de 7 de janeiro de 2019, com bloqueios iniciados em 24 de março de 2019.

Como já explicamos anteriormente, é importante deixar claro que as restrições se aplicam somente aos aparelhos falsificados, conhecidos também como "xing-ling". Smartphones importados da China e fabricados por nomes como Xiaomi, Oppo e outras não estão na mira da Anatel, pois possuem certificação, mesmo que não sejam vendidos oficialmente no Brasil.

Isso se deve ao fato de o banco de dados utilizado pela agência para aplicar o bloqueio estar integrado ao mercado internacional, em vez de levar em conta somente os IMEIs registrados no Brasil. Como os dispositivos de marcas reconhecidas são produzidos de maneira legítima, eles estão certificados junto à GSMA, a organização global das empresas mobile e, sendo assim, podem operar normalmente por aqui.

O processo de bloqueio vinha sendo discutido desde 2012, mas foi aplicado de maneira efetiva somente no início deste ano. Segundo a Anatel, apesar de restritiva, a medida é a melhor forma de controle e atende tanto aos interesses das operadoras e fabricantes quanto dos usuários, que também estão em risco com a utilização de aparelhos falsificados, que não passam por processos de controle de qualidade e segurança.

Um site, disponibilizado pela Agência Nacional de Telecomunicações, permite que o próprio usuário cheque o IMEI de seu aparelho, confirmando se ele está regular ou não. Além disso, no Canaltech você confere um guia completo para não cair no conto dos smartphones falsificados, evitando comprar gato por lebre e perder um bom dinheiro nesse processo.

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