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6 séries que usam a tecnologia como personagem de suas tramas

24 nov 2017 - 15h18
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A tecnologia está tão dominante no mundo moderno que é praticamente impossível não enxergá-la no universo do entretenimento. Afinal, como criar personagens que não usam seus smartphones para se comunicar, que não tenham uma casa conectada ou gadgets espalhados pela sala?

As séries não estão deixando a tecnologia de lado. Tipo de entretenimento que cada vez mais ganha espaço no tempo livre do fã, esse formato de programa usa bem dispositivos, cultura tecnológica, programação e inovação em seus roteiros.

A partir dessa premissa, nada escapa, desde séries policiais, que utilizam as tecnologias mais avançadas para caçar terroristas ou bandidos comuns, até aquelas que imaginam um futuro dominado pelo código binário.

O Canaltech fez uma seleção de seis séries que colocam a tecnologia na linha de frente, seja como personagem principal ou elemento importante para a trama. Conecte-se e divirta-se!

Black Mirror

Série futurística que imagina como a humanidade terá que conviver com a tecnologia. Nos episódios, ela é invasiva, dominante e, em alguns casos, assustadora. Você já deve ter ouvido a frase "Isso é tão Black Mirror". Pois a frase se tornou popular porque várias situações imaginadas na série acabaram encontrando respaldo na nossa vida atual, nesta primeira metade do século 21.

Há um toque de ficção científica, mas quem é capaz de dizer que lentes especiais colocadas nos olhos para enxergar realidades alternativas não são algo possível de acontecer? O terceiro episódio da primeira temporada, Toda a Sua História, mostra que sim.

Ou então quem duvida que as redes sociais podem controlar o comportamento das pessoas, como contado no primeiro episódio da terceira temporada, Queda Livre?

A série utiliza a tecnologia para questionar os limites da sua atuação e o quanto as pessoas estão dispostas a abrir mão de sua autonomia.

A Netflix tem as três temporadas de Black Mirror, que são curtas. A primeira tem três episódios, enquanto a segunda apresenta quatro, incluído o especial de Natal. A terceira, toda produzida pela plataforma de streaming, cresceu e conta com seis episódios.

Dica: assista ao episódio San Junipero, o quarto da terceira temporada, uma história de amor que ultrapassa a questão de tempo e espaço.

A quarta temporada já está pronta e deverá ter mais seis episódios. A Netflix ainda não confirma a data de estreia, que deve acontecer ainda em 2017 ou no início de 2018.

Cena do episódio San Junipero, da terceira temporada de Black Mirror
Cena do episódio San Junipero, da terceira temporada de Black Mirror
Foto: Canaltech

Silicon Valley

Esta é uma sátira à indústria da tecnologia instalada no Vale do Silício, que promete milhões de dólares, sucesso e uma vida de idolatria a quem inventar o próximo app revolucionário. Em Silicon Valley, a série, não há nada de glamour. Pelo contrário, a trama mostra que o sonho de glória não é para todo mundo.

Tratando com bom humor esse universo, a série não poupa ninguém que esteja envolvido na indústria. Desenvolvedores, investidores, empresas, incubadoras, todos são retratados como personagens cheio de falhas, gananciosos, inseguros e muitas vezes sem talento algum para fazer o que fazem. Nesse caso, um pouco de carisma e um bom papo resolvem a falha.

A história começa com um grupo de amigos incubados na casa de um excêntrico desenvolvedor que criou um app de sucesso, ganhou uma nota e resolveu se aposentar. Eles estão desenvolvendo um programa de compressão de arquivos, que ajudaria a transmissão pela rede.

A partir desse ponto, o espectador se depara com situações em que eles planejam as soluções do app, a negociação com advogados e empresas — uma, a Hooli, inspirada levemente na Microsoft —, enquanto tentam lidar com seus problemas pessoais.

O Vale do Silício, promessa de sucesso neste século 21 para quem tem habilidade e uma boa ideia na cabeça, nunca mais vai ser o mesmo depois de você assistir a esta série.

A HBO transmitiu quatro temporadas e prepara a quinta para 2018.

O grupo de desenvolvedores na primeira temporada de Silicon Valley
O grupo de desenvolvedores na primeira temporada de Silicon Valley
Foto: Canaltech

Mr. Robot

Paranoia, conspiração, ativismo digital. Essa é a melhor maneira de definir a série, que incorpora esses elementos a uma trama recheada de tecnologia.

Elliot Alderson é um engenheiro de cibersegurança e hacker, com um toque de vigilante virtual. Ele trabalha para uma das maiores corporações do mundo, simbolicamente chamada de Evil Corp.

Ele tem fobia social e enfrenta uma depressão violenta quando é confrontado por um misterioso líder de um grupo de hackers, que lhe propõe uma missão: invadir os sistemas da corporação e provocar um colapso financeiro mundial.

Elliot, interpretado com vigor por Rami Malek, vai colocar em jogo não só suas condições físicas e mentais, mas também sua conduta moral. Há muita sujeira a ser desenterrada pelos hackers, enquanto um plano mirabolante é tramado para a invasão.

A segunda temporada avança nas consequências dos fatos gerados pelos hackers, com Elliot cada vez mais paranoico e perturbado.

Mr. Robot está em sua terceira temporada e pode ser assistido no canal Space e na Amazon Prime Vídeo.

O ator Rami Malek em cena de Mr. Robot
O ator Rami Malek em cena de Mr. Robot
Foto: Canaltech

CSI: Cyber

A série é uma spin-off de uma das mais famosas e bem-sucedidas da TV. Começou com CSI, em 2000 e que durou 16 temporadas, ambientada em Las Vegas. Ela gerou versões em Miami e Nova York.

A versão tecnológica estreou em 2015, com Patricia Arquette fazendo Avery Ryan, a chefe da divisão de crimes cibernéticos do FBI. Ela e sua equipe são encarregadas de investigar hackers, terroristas digitais e outros criminosos que utilizam a internet. Alguns agentes são ex-hackers, que foram recrutados para trabalhar na divisão como parte da pena.

O esquema da série é o mesmo do programa do qual se originou. Investigar cenas de crime, como eles aconteceram e apontar para os culpados. Só que aqui os rastros não são mais físicos ou analógicos. Tudo acontece no mundo digital.

A deep web é presença constante, assim como elementos comuns da vida moderna, como carregar o celular em ambientes públicos, redes de wi-fi e cadastros em redes sociais.

A série teve duas temporadas e foi encerrada em 2016. No Brasil, ela foi transmitida pelo canal AXN.

A equipe responsável por investigar os crimes digitais em CSI: Cyber
A equipe responsável por investigar os crimes digitais em CSI: Cyber
Foto: Canaltech

Halt and Catch Fire

Esta é considerada uma das melhores séries que poucos assistiram. Bem construída, com roteiro inspirado e personagens verossímeis, Halt and Catch Fire acompanha o desenvolvimento da tecnologia entre o início dos anos 80 e o fim dos 90.

Sim, ela começa no momento em que praticamente nada existia. O espectador entende como surgiram o computador pessoal, a internet comercial e o Google.

A série parte de 1983, no Texas, quando uma ex-executiva da IBM descobre o segredo por trás do PC. Termina em meados dos anos 1990, no momento em que os personagens tentam elaborar um sistema de busca on-line.

A série teve quatro temporadas e foi encerrada em outubro de 2017. No Brasil, foi exibida pelo canal AMC.

Cena de Halt and Catch Fire, série que mostra como a tecnologia evolui a partir dos anos 80
Cena de Halt and Catch Fire, série que mostra como a tecnologia evolui a partir dos anos 80
Foto: Canaltech

Hawaii 5-0

Você deve estar se perguntando como esta série veio parar nesta seleção. A princípio, nada a  caracteriza como um programa sobre tecnologia ou que tem a tecnologia como personagem.

Afinal, as tramas se passam nas paradisíacas ilhas do Pacífico, com muitas imagens de praias, surfe, parques e resorts. Mas a tropa de elite do Havaí, criada pelo governo estadual para combater o crime, faz uso de tecnologia de ponta para enfrentar todo tipo de criminoso.

Chamado de 5-0, o grupo tem imunidade e recursos para agir, nem sempre dentro da lei. Usa força e violência para caçar terroristas, sequestradores, ladrões e chantagistas. Para isso, eles contam com um recurso especial.

Na sede da equipe, o ponto nervoso é uma mesa que funciona como interface entre os agentes e as telas. Por meio de toques, digitação e deslizes, essa mesa é uma espécie de tablet gigantesco, com recursos multiplicados por mil. Basta pousar um celular para que os dados sejam transmitidos para essa central, por exemplo.

Além disso, a Microsoft é uma espécie de personagem silenciosa. Todos os membros da tropa de elite usam aparelhos Windows Phone e Surface. As comunicações são feitas por Skype. Notebooks têm a marca de Bill Gates.

Além disso, eles contam com ajuda de hackers para encontrar criminosos e de tecnologia de ponta da Marinha.

Hawaii 5-0 está em sua oitava temporada e é exibido pelo canal AXN. Já a Netflix tem as seis primeiras temporadas.

A mesa que é o centro nervoso da tropa de elite de Hawaii 5-0
A mesa que é o centro nervoso da tropa de elite de Hawaii 5-0
Foto: Canaltech
Canaltech Canaltech
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