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10 filmes vencedores do Oscar para você maratonar na Netflix

10 fev 2018 - 10h53
(atualizado em 27/2/2018 às 18h03)
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Aproveitando que faltam poucas semanas até a entrega do Oscar 2018, que acontece em 4 de março, o Canaltech fez esta seleção que traz dez filmes que já venceram a maior premiação do cinema mundial e que estão disponíveis na Netflix — na verdade, são 11 filmes, você vai entender mais abaixo.

Tem coisa recente, como também tem títulos que se tornaram clássicos do cinema. Drama, romance histórico, máfia, guerra, ação, tem muita coisa boa. As datas entre parêntesis se referem ao ano em que cada filme ganhou o Oscar, não de seu lançamento.

É hora de preparar o sofá, a comida e a bebida e escolher por onde começar a sua maratona.

1. Moonlight — Sob a Luz do Luar (2017)

Este filme protagonizou um dos maiores vexames do Oscar. No ano passado, na hora de anunciar o vencedor de Melhor Filme, Warren Beatty e Faye Dunaway leram o cartão errado e gritaram no palco: La La Land!

Um produtor do show avisou a dupla, que teve que se corrigir ao vivo, para decepção do falso ganhador e surpresa do novo.

Moonlight é um filme delicado, que acompanha a vida de Chiron, um garoto negro que vive em Miami. A trama é dividida em três fases. Na primeira, acompanhamos o garoto ainda criança, tentando sobreviver em meio ao caos familiar, enquanto tem contato com as drogas e a sexualidade ainda latente.

Depois, chega a fase da adolescência e todos os conflitos inerentes a ela. A sexualidade aflora, e junto vem o preconceito. Para fechar, já vemos Chiron na fase adulta, ciente das suas escolhas, mas ainda devedor de uma chance ao verdadeiro afeto.

Além do Oscar de Melhor Filme, Moonlight venceu na categoria Ator Coadjuvante, entregue a Mahershala Ali, que faz o papel de um traficante que acaba sendo uma espécie de tutor para Chiron.

O ator Mahershala Ali segura o personagem Chiron em Moonlight. Foto: Divulgação
O ator Mahershala Ali segura o personagem Chiron em Moonlight. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech

2. 12 Anos de Escravidão (2014)

Adaptação do romance de Solomon Northup, o filme conta a história de um homem nascido livre, mas que é vendido como escravo. Enganado após receber uma proposta de trabalho, ele é enviado a Nova Orleans e recebe nova identidade.

Vai enfrentar a crueldade dos seus proprietários enquanto tenta sobreviver aos conflitos vividos pela família de brancos.

O detalhe é que Solomon, quando vivia em Nova York como homem livre, tinha família formada, com mulher e dois filhos. E é a eles que Solomon volta após os 12 anos do título, quando consegue retomar sua liberdade.

O filme também venceu como Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Atriz Coadjuvante, entregue a Lupita Nyong'o.

O negro livre Solomon na época em que voltou a ser escravo. Foto: Divulgação
O negro livre Solomon na época em que voltou a ser escravo. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech

3. Argo (2013)

Drama histórico para prender o espectador na poltrona sem piscar os olhos. Dirigido por Ben Affleck, o filme reprisa os acontecimentos que implodiram o Irã nos anos 70.

Em 1979, seis americanos foram feitos reféns pelo grupo que havia tomado o poder no país. Militantes islâmicos queriam a extradição de Mohammad Reza Pahlavi, então governante do Irã.

Os seis reféns trabalhavam na Embaixada dos Estados Unidos, mas conseguiram escapar e se esconderam na residência do embaixador do Canadá. A CIA então começa a preparar um plano para resgatar o grupo, sem que os iranianos pudessem perceber.

Eles se passam por uma equipe de filmagem do Canadá para poder escapar. O final envolve suspense no último grau, principalmente quando chega a hora de sair do país.

Argo venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado (o filme se inspirou no livro do agente que comandou a operação no Irã) e de Melhor Edição.

Ben Affleck dirigiu e protagonizou Argo. Foto: Divulgação
Ben Affleck dirigiu e protagonizou Argo. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech

4. O Discurso do Rei (2011)

Mais um drama histórico que conquistou os membros da Academia. Este é baseado na vida do rei britânico George 6º, que, logo após assumir o trono, precisou superar a gagueira para se dirigir ao império.

Ele contrata o terapeuta australiano Lionel Logue para tentar superar esse problema de fala. Os métodos não são nada convencionais e provocam resistência do monarca.

Até chegar a 2ª Guerra Mundial, quando o rei precisa fazer um pronunciamento para a nação.

A trama do filme antecede aos fatos narrados na série The Crown (as duas temporadas estão na Netflix).

O Discurso do Rei venceu quatro prêmios Oscar: além de Melhor Filme, levou também o de Melhor Diretor (Tom Hooper), Melhor Ator (Colin Firth, que faz o rei) e Melhor Roteiro Original.

Colin Firth (centro) faz o papel do rei George 6º. Foto: Divulgação
Colin Firth (centro) faz o papel do rei George 6º. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech

5. Uma Mente Brilhante (2002)

O filme é baseado na vida do matemático John Forbes Nash, que trabalha com métodos não convencionais, mas que consegue resultados impressionantes.

Nash, interpretado por Russell Crowe, resolveu problemas difíceis, como o relacionado à teoria dos jogos, que lhe rendeu um dos mais prestigiados prêmios da matemática.

Sua obra levou o governo dos Estados Unidos a contratá-lo para fazer um trabalho relacionado à criptografia. Quando começa a desenvolver suas ideias, é tomado por delírios e alucinações. Diagnosticado como esquizofrênico, ele vai precisar enfrentar a doença para conseguir identificar o que realidade e o que é imaginário.

Uma Mente Brilhante também ganhou nas categorias de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Diretor (Ron Howard) e Melhor Atriz Coadjuvante (Jennifer Connelly, que vive a mulher de Nash).

Russell Crowe faz o genial matemático Nash. Foto: Divulgação
Russell Crowe faz o genial matemático Nash. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech

6. Gladiador (2001)

Um dos maiores sucessos do cinema neste século, Gladiador reinventou os dramas épicos, tão comuns nas décadas de 1940 e 1950.

Em 180 d.C, o general romano Maximus (Russell Crowe) se prepara para assumir o trono quando Cómodo, filho do imperador Marco Aurélio, mata o pai e se livra do concorrente para ser coroado.

Maximus se torna escravo e gladiador. Vai disputar batalhas no Coliseu, o espaço de diversão dos romanos na época. Em busca de vingança, o ex-general vai talhando seu caminho a cada vitória conquistada na arena.

Gladiador venceu cinco prêmios Oscar: além de Melhor Filme, levou as estatuetas de Ator Principal (Crowe), Figurino, Efeitos Especiais e Som.

Em Gladiador, Russel Crowe enfrenta tigres e gigantes. Foto: Divulgação
Em Gladiador, Russel Crowe enfrenta tigres e gigantes. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech

7. Amadeus (1985)

Este é um dos filmes mais premiados da história: foi indicado a 53 prêmios no total e recebeu 40 — sendo oito do Oscar. Ocupa a posição 53 na lista dos melhores filmes dos Estados Unidos no ranking do American Film Institute, posto conquistado em 1998.

Dirigido por Milos Forman, Amadeus revisita as histórias dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart e Antonio Sallieri durante sua convivência na Áustria, no século 18.

O roteiro mistura as lembranças de Sallieri, já idoso e arrependido de ter matado Mozart, com os fatos da juventude de ambos.

Então, o filme leva o espectador a conhecer os costumes e a cultura da época (séculos 18 e 19), a criação de peças musicais que se tornaram clássicas e o comportamento dos dois compositores. Há também espaço para disputas políticas entre imperadores e Igreja.

Os oito prêmios do Oscar foram: Filme, Diretor, Ator (F. Murray Abraham, que vive Sallieri), Direção de Arte, Figurino, Maquiagem, Som e Roteiro Adaptado.

Amadeus é um dos filmes mais premiados da história do cinema. Foto: Divulgação
Amadeus é um dos filmes mais premiados da história do cinema. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech

8. Um Estranho no Ninho (1976)

Mais um filme dirigido por Milos Forman levou a estatueta. Um Estranho no Ninho é baseado na obra de Ken Kesey, escritor norte-americano que levou ao livro suas próprias experiências.

Jack Nicholson vive Randall Patrick McMurphy, um bandido meia boca que se finge de louco para ser levado a um hospital psiquiátrico. Ele queria escapar dos trabalhos forçados numa prisão normal, para onde seria levado depois de ser preso.

Sua característica persuasiva levou a ser uma espécie de liderança entre os pacientes do hospital, chegando ao ponto de provocar uma revolta. Ele tem que enfrentar, entretanto, a sádica enfermeira Mildred Ratched.

Um Estranho no Ninho é um dos três filmes que receberam os cinco prêmios principais do Oscar: Filme, Diretor, Roteiro, Ator (Nicholson) e Atriz (Louise Fletcher, que vive a enfermeira). Os outros filmes são Aconteceu Naquela Noite (1934)  e O Silêncio dos Inocentes (1991).

Jack Nicholson criou um personagem inesquecível em Um Estranho no Ninho. Foto: Divulgação
Jack Nicholson criou um personagem inesquecível em Um Estranho no Ninho. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech

9. O Poderoso Chefão 1 (1973) e O Poderoso Chefão 2 (1975)

O que falar destes filmes? São duas das maiores obras do cinema mundial, dirigidas por Francis Ford Coppola e estreladas por nomes como Marlon Brando, Robert de Niro, Al Pacino, Robert Duvall, Diane Keaton e James Caan.

Classificada como o melhor filme de gângster pelo American Film Institute, esta é a única produção que teve uma sequência vencedora do Oscar também — que, para muitos, é melhor do que o primeiro Chefão.

Acompanhamos no primeiro a história da família Corleone, de 1945 a 1955. O segundo retrata a saga dos mafiosos até 1974.

Quem quiser ser um maratonista de verdade, pode encarar a terceira parte da trilogia, que recomeça em 1979 e avança até a época do lançamento, em 1990.

Chefão 1 venceu como Melhor Filme, Ator (Marlon Brando, o don Vito Corleone) e Roteiro Adaptado. O segundo Chefão levou os prêmios de Filme, Diretor, Ator Coadjuvante (de Niro), Roteiro Adaptado, Direção de Arte e Trilha Sonora.

Aviso: somados, os três filmes têm mais de 10 horas.

Marlon Brando fez história com sua representação de Vito Corleone. Foto: Divulgação
Marlon Brando fez história com sua representação de Vito Corleone. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech

10. Patton (1971)

Este é um dos melhores filmes de guerra já feitos. A trama se baseia na vida e carreira do general George S. Patton durante a 2ª Guerra Mundial, quando comandou tropas guiado pelo seu jeito rebelde e sem papas na língua.

Ele tinha um discurso muito poderoso, capaz de mobilizar suas tropas — a cena de abertura resume com perfeição o poder da sua oratória. 

O filme discute também estratégias de guerra, como as que os Estados Unidos iam criando à medida que o conflito avançava na Europa. A recusa em se aliar aos comunistas para vencer a guerra provocou o afastamento do general.

Patton venceu, além de Melhor Filme, os prêmios Oscar nas categorias Ator (George C. Scott, como o general), Direção de Arte, Diretor (Franklin J. Shaffner), Montagem, Som e Roteiro Original.

O general Patton após discurso para a tropa. Foto: Divulgação
O general Patton após discurso para a tropa. Foto: Divulgação
Foto: Canaltech
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