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Bytedance recusa oferta da Microsoft pelo TikTok

Comunicado reforça tese de que aplicativo será desligado nos EUA após impasse nas negociações; data limite é nesta terça-feira, 15

13 set 2020 - 21h35
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A Microsoft anunciou na noite deste domingo, 13, que a chinesa Bytedance recusou sua proposta para a compra das operações da rede social TikTok nos Estados Unidos. "Acreditávamos que nossa proposta teria sido boa para os usuários do TikTok e protegeria interesses de segurança nacional, fazendo mudanças significativas no serviço", declarou a empresa em comunicado.

Ameaçado de ser banida dos Estados Unidos por uma ordem do presidente Donald Trump, o TikTok virou parte de um "leilão" no mercado, com empresas como a Microsoft e Oracle disputando seu controle. A empresa é acusada por Trump de praticar espionagem pró-Pequim, captando dados de cidadãos americanos, sendo portanto considerada uma ameaça à segurança nacional dos EUA.

Usado por mais de 500 milhões de pessoas no mundo todo hoje, o TikTok e seus vídeos curtos são hoje a principal ameaça ao poderio de Mark Zuckerberg e o Facebook nas redes sociais.

Trump deu data limite até a próxima terça-feira, 15, para que as operações do TikTok sejam vendidas para uma empresa americana. Por outro lado, a operação só faria sentido com a venda dos algoritmos do TikTok para as empresas americanas - algo que, por sua vez, teria de ser aprovado pelo governo chinês e poderia atrapalhar as negociações.

Considerando o comunicado da Microsoft, analistas afirmam que dois cenários são possíveis. O menos provável é de que a Bytedance tenha aceito a proposta da Oracle para vender a operação americana do TikTok. Com maior probabilidade, o que deve acontecer a partir desta terça-feira é que o TikTok deixará de operar nos Estados Unidos, uma vez que a situação chegou a um impasse. "Considerando a necessidade de um sinal verde de Pequim, os dias do TikTok estão provavelmente contados nos EUA", disse Dan Ives, analista da consultoria Wedbush Securities, em nota a investidores.

Estadão
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