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Brasil vende 6% menos celulares no 1º trimestre, mas lucra 8% a mais

Novos produtos com especificações mais robustas puxaram alta na receita no Q1 2019...

17 jun 2019 - 15h41
(atualizado às 16h19)
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O setor nacional de smartphones sente uma leve retração no primeiro trimestre deste ano, quando falamos em número de unidades distribuídas. A queda em relação ao mesmo período do ano passado foi de 6%, com vendas de 10,7 milhões de smartphones. Ainda assim, os resultados são animadores, já que a verba movimentada foi de R$ 13,7 milhões, o que representa 8% a mais que 2018.

 Segundo o analista de mercado Renato Meireles, da IDC Brasil, esse recuo foi menor do que os 11% projetado para o Q1 2019 e a maior causa disso é a chegada de novos produtos, com aumento do ticket médio por conta da procura por aparelhos com especificações mais robustas.

 "Em nível global, o mercado apresenta retração tanto em volume como em receita. No primeiro trimestre, foram vendidas 312 milhões de unidades, 5,9% menos do que em 2018, e a receita foi de US$105 bilhões, 12,1% menor. O comportamento do mercado brasileiro, no entanto, se diferencia pelo aumento da receita, apesar da redução no volume", comenta Meireles. 

Vendas de intermediários crescem 320%

O filão que mais comemora a alta de receita do Q1 2019 é o de intermediários, que teve uma expressiva alta de 320% nos primeiros três meses, em comparação com o mesmo período da temporada passada. As vendas de smartphones com preço entre R$ 1.200 e R$ 1.699 representaram 18% de participação de mercado. 

 Os dispositivos de R$ 1.700 a R$ 2.499 também foram bastante procurados, com 7% de fatia do setor e alta de 247%. Já os aparelhos de preço abaixo de R$ 499 ficaram com 5% (-11%), os de R$ 500 a R$ 799 tiveram 20% (-28%) e os de R$ 800 a R$ 1.199 seguem como os mais procurados, com 44% (-24%). Os produtos premium, acima de R$ 2.500, responderam por 7% (-25%).

Foto: TecMundo

Já os feature phones, que costumam ser consumidos nas áreas rurais e pelos consumidores idosos continuam estáveis, com 701 mil unidades, o equivalente a 6,5% de share (+0,1%).

Previsão é de manutenção da queda de unidades e alta de receita

A projeção é de venda de 43,38 milhões de smartphones até o final do ano, o que representa 2,4% a menos do que em 2018. Mas o valor movimentado deve crescer 12%, chegando a R$ 59,6 bilhões, graças a novos lançamentos e marcas, além de uma expectativa de melhora na economia no segundo semestre.

 "A demanda por dispositivos com maior memória interna, câmeras múltiplas, telas maiores e com borda infinita, e recursos inteligentes deve continuar impulsionando as vendas nas faixas média e premium, com um crescente uso dos smartphones para assistir filmes e acesso a conteúdo de streaming media, e como alternativa ao tablet", comenta o analista da IDC.

TecMundo
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