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Coronavírus

Bill Gates: 'Vacina não deve ir para quem pode pagar mais'

Executivo diz que a distribuição do medicamento contra covid-19 precisa ser justa para que a pandemia não se torne ainda mais letal

14 jul 2020 - 13h51
(atualizado às 13h55)
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Bill Gates acredita que saldo bancário não deveria definir a prioridade para o acesso a vacinas e medicamentos relacionados ao coronavírus. No sábado, 11, o fundador da Microsoft deu uma palestra numa conferência virtual sobre a covid-19 promovida pela International AIDS Society e declarou ser importante analisar a localidade e os perfis dos pacientes.

Fundador da Microsoft, Bill Gates deu uma palestra numa conferência virtual sobre a covid-19
Fundador da Microsoft, Bill Gates deu uma palestra numa conferência virtual sobre a covid-19
Foto: Bill Gates/Divulgação / Estadão Conteúdo

"Se deixarmos vacinas e medicamentos irem para quem pode pagar mais em vez de irem para as pessoas e lugares onde são mais necessários, teremos uma pandemia mais longa, injusta e letal", disse o ex-executivo. "Precisamos de líderes para tomarem decisões difíceis sobre distribuição baseada em igualdade, não apenas em fatores definidos pelo mercado", afirmou.

Em junho, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) anunciou que os Estados Unidos compraram quase todo o estoque mundial de remdesivir, remédio apontado por pesquisas recentes como eficaz no tratamento do novo coronavírus.

Dessa forma, essa é mais uma declaração de Gates que contraria a administração Trump. Durante a pandemia, o ex-executivo entrou em conflito com o presidente dos EUA por posicionamentos em relação ao vírus, o que acabou o colocando como alvo da extrema direita do país. Ele tornou-se a estrela principal de uma explosão de teorias da conspiração sobre a pandemia. Em posts no YouTube, Facebook e Twitter, Gates é falsamente retratado como o criador da covid-19, como um empresário que está lucrando com a vacina contra o vírus e como participante de um plano covarde para usar a doença para vigiar ou exterminar a população mundial.

Estadão
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