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'Baby streamer', Pitty concentra forças no canal na Twitch

Durante a pandemia, cantora abre canal na plataforma da Amazon e mantém programação semanal variada

2 ago 2020 - 05h10
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A cantora Pitty sabe como é trabalhar na TV - desde 2017, ela é uma das participantes do programa Saia Justa no GNT. Porém, desde o começo do isolamento social, a artista está sentindo o sabor de ser dona de um canal de TV. Ou quase isso. Com a indústria de shows parada, ela decidiu concentrar as forças em um canal na Twitch, plataforma de streaming da Amazon.

Lá, mantém programação semanal variada, passando por temas como visibilidade feminina, moda e, claro, música. Para botar o canal para funcionar, ela passou a roteirizar, realizar pesquisas e até operar o software que realiza as transmissões. Em depoimento ao Estado, ela dá detalhes de como descobriu o streaming como via de expressão e divulgação da carreira. Confira os melhores momentos:

"Eu sou uma 'baby streamer' - só estou há dois meses na Twitch. Quando começou o lance da pandemia, houve um boom de lives e ficou todo mundo atordoado. Fiquei observando, tentando entender o que estava acontecendo, e comecei a ver muitos amigos de música indo para a Twitch.

Esse é um movimento de uma galera que está sempre conectado com o que vem, não apegado ao que foi. É uma galera naturalmente ligada a tecnologia e a gadgets, que curte gravar em estúdio e entende de equipamentos. Tenho conversado também pedindo ajuda técnica. Não é só apertar on e off. Tem uma plataforma que você tem que aprender a mexer.

Paralelo a isso, me empenhei em fazer um lance 'profissa', contratei uma equipe para me ajudar para que esse processo seja mais rápido. Eu opero a transmissão, mas tenho uma equipe remota que me ajuda. São ativamente quatro pessoas, trabalhando na roteirização e pesquisa dos programas, moderação de comunidade, parte técnica e comercial. Estou tendo o maior tesão de comandar uma televisão da minha casa.

Na Twitch, você se responsabiliza pela sua audiência e tem vários jeitos de monetizar a sua transmissão, como conteúdos exclusivos para os assinantes - abri, inclusive, a possibilidade de doações para a minha equipe técnica, que está parada e isso está me preocupando muito. O foco maior do canal, porém, não é a monetização. Quero encontrar uma via para me comunicar e para fortalecer a comunidade.

Nos programas, tenho recebido convidados e os temas variam, desde visibilidade feminina até indicações de livros, filmes e discos. Tenho também pensando em como oferecer conteúdo exclusivo musical. Em aniversário de disco, abro track de voz isolada, mostro demos etc. Os próximos lançamentos também serão por lá, já que eu continuo gravando.

Teremos que descobrir com será o papel dessa plataforma e do streaming no futuro. O momento é absolutamente novo. Porém, quando cria-se a coisa da comunidade, esse é um caminho que não tem mais volta. O ritmo pode ser diferente quando os shows voltarem, mas esse continuará sendo um canal de comunicação importante. A vida tem fases e fases, e agora está sendo muito 'massa'."

Estadão
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